A Operação Contenção, deflagrada pelo governo do Rio de Janeiro contra a facção Comando Vermelho, gerou forte repercussão internacional devido ao alto número de mortes. Com pelo menos 64 óbitos confirmados — incluindo quatro policiais — e estimativas que superam 100 vítimas, a ação tem sido classificada como uma das mais letais da história recente do Brasil.
Entidades internacionais e a imprensa global manifestaram horror diante da letalidade da operação.
ONU exige investigação imediata
A Organização das Nações Unidas (ONU) utilizou sua rede social para emitir uma declaração firme, pedindo que as autoridades do Brasil cumpram suas obrigações perante o direito internacional.
“Brasil: estamos horrorizados com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro, que já teria resultado na morte de mais de 60 pessoas, incluindo quatro policiais. Esta operação letal reforça a tendência de consequências extremamente fatais das ações policiais nas comunidades marginalizadas do Brasil. Relembramos às autoridades suas obrigações sob o direito internacional dos direitos humanos e instamos a realização de investigações rápidas e eficazes”, diz o post da ONU.
Repercussão na imprensa global
Grandes veículos de comunicação internacionais deram destaque à violência no Rio de Janeiro, enfatizando a escala da tragédia:
- The Guardian (Inglaterra): Publicou a manchete “Brasil: ao menos 64 mortos no dia mais violento do Rio de Janeiro em meio a batidas policiais”, descrevendo a ação como a mais letal da história da cidade.
- El País (Espanha): Relatou que o “Rio de Janeiro vive uma jornada de caos colossal e intensos tiroteios por uma ação policial contra o crime organizado que já é a mais letal da história da cidade brasileira”.
- New York Times (EUA): Classificou a ação policial como “a mais mortal da história do Rio”, citando o governador que definiu a operação como um ataque aos “narcoterroristas”.
- Le Figaro (França): Destacou a contestação sobre a eficácia dessas operações policiais de grande porte, embora sejam comuns na cidade.
- Clarín (Argentina): Reproduziu o sentimento de choque ao estampar em seu site uma frase de um brasileiro: “não é Gaza, é o Rio”.
As publicações enfatizam a violência e o impacto das ações policiais nas comunidades marginalizadas, gerando pressão internacional por transparência e justiça.

