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ADAURA e Keynote 671

Novos estudos mostram eficácia no combate ao câncer de pulmão

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Câncer de pulmão
Foto/Imagem: Freepik


Resultados de estudos apresentados neste domingo (4/6) durante a maior conferência em oncologia do mundo, a Asco (Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica), trouxeram otimismo para especialistas e pacientes de câncer de pulmão em estágios iniciais. O Keynote 671 e o principal, ADAURA, trazem possibilidades de cura “reais”, aponta William Nassib William Jr., líder da especialidade de tumores torácicos do Grupo Oncoclínicas. “São pesquisas com técnicas de imunoterapia e terapia alvo que já eram muito usadas no tratamento, mas apenas para pacientes com doença avançada, uma situação na qual as chances de cura são muito pequenas ou inexistentes. Agora, conseguimos aplicar para aqueles que estão em estágios iniciais, o que aumenta exponencialmente a possibilidade de cura”, comenta.

O principal estudo do setor, o ADAURA, investigou o uso de terapia alvo no período pós-operatório para pacientes com câncer de pulmão localizado que foi operado e que apresenta mutação de EGFR. “Já sabíamos, por dados apresentados do próprio estudo anteriormente, que o uso de osimertinibe por três anos após a cirurgia evitava a recorrência da doença”. Mas a pesquisa apontou que os benefícios são ainda maiores e na ASCO foram apresentados dados de sobrevida global, com aumento robusto da sobrevida nos pacientes.

Foram 682 pacientes randomizados: 399 receberam da droga terapia alvo osimertinibe e 343 receberam placebo. Em pacientes com doença em estágio II–IIIA, a taxa de sobrevivência em 5 anos foi de 85% com osimertinibe contra 73% com placebo. “A droga demonstrou um benefício sem precedentes, altamente significativo estatisticamente e clinicamente em pacientes em estágio IB–IIIA”, comenta o especialista.

Imunoterapia para tratamento de câncer de pulmão

Já no estudo Keynote 671, pacientes com câncer de pulmão localizado e operável receberam tratamento com quimioterapia mais imunoterapia (pembrolizumabe) antes da cirurgia. Após a cirurgia, os pacientes também receberam imunoterapia adjuvante por aproximadamente um ano. Esse grupo foi comparado com outro que recebeu quimioterapia pré-operatória (sem imunoterapia) seguida de cirurgia. Os pacientes que receberam a imunoterapia tiveram maior chance de eliminação completa do tumor durante a cirurgia e uma menor chance de recorrência do tumor ao longo do tempo.

“Este estudo vem corroborar o papel da imunoterapia pré-operatória e esta estratégia passa a se tornar mais uma opção de tratamento para esses pacientes. Pelo menos três outros estudos reportados recentemente com estratégias semelhantes porém com outras drogas imunoterápicas (nivolumabe, durvalumabe e toripalimabe) demonstraram efeitos benéficos muito parecidos. Todos esses estudos sedimentam o papel da imunoterapia pré-operatória em câncer de pulmão, ampliando as opções de tratamento e aumentando as chances de cura”, reforça William William .

Porém, segundo ele, muitas outras perguntas permanecem. “Não sabemos se uma destas drogas é melhor do que a outra, não sabemos qual é a verdadeira necessidade do uso de imunoterapia por um ano após a cirurgia e não sabemos como devemos proceder com os pacientes que não tiveram eliminação completa do tumor pelo tratamento pré-operatório”, finaliza o oncologista do Grupo Oncoclínicas.

Sobre o Grupo Oncoclínicas

Grupo Oncoclínicas – maior grupo exclusivamente dedicado ao tratamento do câncer no Brasil – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, alinhando eficiência operacional, atendimento humanizado e experiência de 12 anos de mercado. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a câncer centers de alta complexidade. São 133 unidades em 35 cidades brasileiras, que permitem acesso a atendimento com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia de última geração, medicina de precisão, inteligência artificial, genoma e DNA, o grupo traz resultados efetivos na democratização do acesso ao tratamento oncológico e realiza 450 mil tratamentos por ano. É parceiro exclusivo na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard. Conta com a parceria da MedSir (Medica Scientia Innovation Research) no desenvolvimento de projetos para o câncer de mama, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, na validação de ampliação de painel NGS (Next Generation Sequencing), que investiga predisposição genética e fatores de risco hereditários, e do Weizmann Institute of Science.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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saúde

Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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