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Professor Transforma PECs do DF em Academias Eficientes

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Foto/Imagem: Afonso Ventania
Reporter: Jeferson Nunes

Os tradicionais Pontos de Encontro Comunitário (PECs) no Distrito Federal estão ganhando uma nova vida. Graças ao trabalho inovador da professora de Educação Física Daniela Nicareta, o que era visto como um simples espaço de ginástica ao ar livre, muitas vezes voltado apenas para idosos, agora se tornou um cenário para treinos eficientes, seguros e acessíveis, com orientação profissional.

Os PECs são conhecidos por oferecer aparelhos de ginástica ao ar livre para a comunidade, promovendo um estilo de vida saudável e inclusão. Os equipamentos incluem multiexercitadores, simuladores de cavalgada, leg press, e barras com rotação, entre outros.

 

Do preconceito à viralização nas redes sociais

Daniela, atenta ao potencial desses aparelhos públicos, desenvolveu um método de exercícios específico para os PECs, focado em melhorar o desempenho físico e prevenir lesões. Seus vídeos com orientações sobre o uso correto dos aparelhos viralizaram nas redes sociais, ajudando usuários no DF e em outros estados a aproveitarem melhor os equipamentos.

“Eu mesma tinha preconceito com esses aparelhos”, admite Daniela. “Achava que não davam resultado por não usarem carga. Mas quando comecei a estudar o funcionamento deles e a aplicar técnicas como movimentos unilaterais e controle de velocidade, entre outras, vi que era possível evoluir, sim”, explica.

A iniciativa surgiu a convite de Vera Coradin, prefeita comunitária da 115 Norte, que buscou apoio para instalar uma academia comunitária em sua quadra. A preocupação com o uso incorreto dos equipamentos levou Vera a convidar Daniela para orientar os frequentadores. A educadora não só passou a dar aulas, como também criou um protocolo específico de treinamento para os PECs. “Eu mesma senti mais resultado depois que comecei a treinar com ela”, conta Vera.

 

Exercício consciente e qualidade de vida

Daniela explica que o diferencial está na adaptação do treino. “Mesmo sem pesos, podemos aumentar a dificuldade com ajustes na técnica. Além disso, comecei a gravar vídeos para ajudar quem não tem orientação e publicá-los na internet. E foi aí que tudo tomou outra proporção”, relata.

A iniciativa de Daniela transformou a percepção dos PECs, que agora recebem pessoas de todas as idades e gêneros. Ela alerta sobre o uso incorreto dos aparelhos. “Muitas vezes, pela falta de informação, algumas pessoas inventam exercícios”, diz. O objetivo é conscientizar sobre a forma correta de exercitar-se para obter resultados e cuidar da saúde.

Para a professora, o PEC pode ser o início de uma vida ativa e saudável, especialmente para comunidades sem acesso fácil a academias convencionais. “No começo, eu oriento os meus alunos a fazerem sem carga para aprender a realizar o movimento e entender como é a utilização correta de cada equipamento. Depois, podemos usar caneleiras com pesos para trazer mais carga para o aparelho.”

“Não existe lugar adequado para se malhar, existe o treinamento adequado a se fazer”, ensina Daniela. Ela celebra que, após a repercussão de seus vídeos, as pessoas estão se informando mais e obtendo melhores resultados, livres de lesões.

Maria de Lourdes Rezende, moradora da Asa Norte, atesta os benefícios. “Minha saúde melhorou muito, tanto no corpo quanto na mente. Venho todos os dias e recomendo demais. A academia comunitária virou minha terapia”, relata.

A satisfação de Daniela vem de democratizar o conhecimento e permitir que mais pessoas treinem com segurança. “Se tem equipamento, tem saúde. Basta usar do jeito certo”, conclui.

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“Agora Tem Especialistas Dia-E”, realiza mais de 1,1 mil cirurgias

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Foto/Imagem: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) deu um passo gigantesco em direção à redução das filas de espera por serviços especializados. Neste sábado (5), o programa “Agora Tem Especialistas Dia-E” realizou um mutirão histórico, que contabilizou mais de 1,1 mil cirurgias e 10 mil procedimentos, consultas e exames especializados em 24 estados brasileiros. A grandiosa iniciativa ocorreu simultaneamente em 45 hospitais universitários federais, administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), fruto de uma parceria estratégica entre os ministérios da Saúde e da Educação.

O objetivo primordial do programa é ampliar a capacidade de atendimento da rede pública, garantindo que mais brasileiros tenham acesso rápido e de qualidade aos tratamentos necessários.

“É o maior mutirão do SUS já feito no Brasil inteiro e mais diverso. Já teve situação de fazer mutirão de uma cirurgia, [um tipo] de um procedimento. Hoje nós fizemos em todo o Brasil, de Norte a Sul, com 45 hospitais, que envolveram mil tipos diferentes de cirurgias, 10,3 mil procedimentos de diagnóstico, de consulta, e é um movimento que não para hoje”, celebrou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, após visitar o mutirão no Centro Cirúrgico do Hospital Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

Padilha ainda destacou que os hospitais universitários federais continuarão com os mutirões, estendendo o atendimento para um terceiro turno e realizando procedimentos eletivos, inclusive aos sábados e domingos, com o firme propósito de “reduzir o tempo de espera das cirurgias e dos exames em nosso país”.

 

Prioridades e foco no paciente

A iniciativa do Ministério da Saúde priorizou o atendimento de pacientes oncológicos, reforçando que “no câncer, tempo é vida. Fazer o diagnóstico o mais rápido possível, começar a cirurgia o mais rápido possível, pode significar a vida ou a morte daquele paciente”.

Além da oncologia, o ministro Padilha ressaltou outras áreas de grande demanda e impacto na população: “São os problemas de saúde da mulher e toda a parte de ginecologia; a oncologia que é a parte do câncer; os problemas de visão, a gente envelhece cada vez mais e cada vez mais tem cirurgias e exames para tratar da visão; os problemas de ortopedia; de otorrino na parte da audição; são as grandes prioridades, além do câncer”. Ele exemplificou a urgência do programa ao citar um caso no Rio de Janeiro de um paciente que esperava há dez anos por uma cirurgia, destacando que o “Agora Tem Especialistas” atua para identificar esses casos esquecidos.

 

Compromisso com o ensino, pesquisa e o SUS

Arthur Chioro, presidente da Ebserh, enfatizou que os atendimentos do programa podem começar já na consulta médica, mobilizando todo o esforço para garantir que as necessidades da população sejam atendidas, “da consulta à cirurgia”. Ele informou que, desde março, já foram realizadas 89 mil cirurgias e anunciou que o programa prevê mais dois mutirões “Dia-E” até o fim do ano, um em setembro e outro em dezembro.

A orientação para os hospitais universitários federais é clara: ampliar o horário de funcionamento com um terceiro turno, incluindo atendimentos nos fins de semana. “No nosso caso, na medida em que a gente aumentar a oferta de atendimento para a população, estamos envolvendo os novos alunos residentes, portanto, formando melhor os nossos futuros profissionais de saúde. É exatamente isso que diferencia o hospital universitário no compromisso com o ensino e a pesquisa, mas também com o SUS”, concluiu Chioro, evidenciando o duplo benefício da iniciativa.

A secretária de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Claudia Mello, celebrou a parceria, destacando o avanço na diminuição das filas no estado e no Brasil, reforçando que “isso é o SUS avançando a cada dia”.

Antes da visita ao Hospital Gaffrée e Guinle, o ministro Alexandre Padilha, acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva, da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e do presidente da Ebserh, Arthur Chioro, esteve no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ) e na Maternidade Paulino Werneck, onde foram anunciadas medidas de reforço à saúde da mulher.

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Maternidade do HRSM alcança “zona de qualidade” em satisfação

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Foto/Imagem: Divulgação/HRSM

A maternidade do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrada pelo instituto de gestão estratégica de saúde do distrito federal (IgesDF), celebra resultados históricos na pesquisa de experiência do paciente. Baseada na metodologia internacional net promoter score (NPS), a iniciativa, alinhada à política de humanização do instituto, alcançou um índice que posiciona a unidade na “zona de qualidade”, meta que estava prevista para ser atingida somente em dezembro de 2025.

O índice geral de NPS, que era de 50,88% em março de 2025, deu um salto significativo para 65,21% em abril e chegou a 71,62% em maio. Essa escalada reflete o sucesso da escuta ativa das pacientes, que tem subsidiado melhorias contínuas nos serviços prestados.

“Este é um marco para nossa equipe”, comemora ivonete rodrigues, gerente da maternidade. “a pesquisa nos mostra de forma clara onde estavam os gargalos e onde já avançamos. Estamos focando em processos de trabalho, acolhimento e, principalmente, na comunicação entre todos os membros da equipe e com as pacientes. Isso tem feito toda a diferença”, explica.

Metodologia e monitoramento contínuo da experiência

A pesquisa de experiência do paciente é realizada diariamente, com foco nas mulheres em processo de alta. Em abril, 159 pacientes participaram do levantamento, que é coletado por meio de formulários físicos, qr codes e aplicação presencial por auxiliares de humanização do IgesDF, sempre em conformidade com a lei geral de proteção de dados (LGPD).

O questionário vai além da avaliação geral, abrangendo pontos específicos da jornada da paciente como recepção, vigilância, acolhimento humanizado, alimentação, tempo de espera e a atuação das equipes médica, multiprofissional e de enfermagem.

Segundo leonardo maciel, chefe do núcleo de experiência do paciente, os dados são monitorados de forma contínua. “a equipe gera relatórios mensais, promove visitas técnicas para apresentação dos resultados e encaminha indicadores à alta gestão, fortalecendo a cultura de cuidado centrado no paciente”, afirma. As respostas, especialmente os comentários abertos, permitem à gestão identificar rapidamente pontos críticos, viabilizando ações rápidas e direcionadas para a melhoria contínua dos processos da jornada materno-infantil.

A superintendente do HRSM, eliane abreu, reforça a importância da metodologia como instrumento de gestão. “ao oferecer um canal direto e sistematizado para expressar satisfação ou insatisfação, a unidade fortalece o vínculo com as mães e promove um ambiente de acolhimento e respeito”.

Estrutura multiprofissional reforçada para um atendimento de qualidade

A melhoria na experiência das pacientes está diretamente ligada ao fortalecimento da equipe e da estrutura assistencial. Somente no primeiro semestre de 2025, o HRSM contratou 19 novos ginecologistas obstetras, elevando o total para 74 profissionais, além de reforçar os quadros de enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Esse investimento em pessoal permitiu ampliar a capacidade de atendimento sem comprometer a qualidade e a humanização. O cuidado à gestante e à puérpera é assegurado por uma equipe multiprofissional integrada, que inclui fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais e outros especialistas. A atuação colaborativa desses profissionais oferece suporte clínico, emocional e social em todas as etapas da internação.

Os resultados alcançados demonstram o impacto positivo da gestão. No segundo trimestre de 2025, a unidade realizou 952 partos: 324 em abril, 331 em maio e 297 em junho. “O volume expressivo de partos reforça a necessidade de mantermos iniciativas voltadas à qualificação da assistência e ao fortalecimento do cuidado centrado na paciente”, conclui a superintendente.

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