O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, e o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, se reuniram nesta terça-feira (4) na capital fluminense. Os líderes debateram formas de reduzir a entrada de armas no estado. Além disso, eles discutiram o fortalecimento da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Fico). A Fico receberá novos analistas para ampliar sua capacidade operacional.
O encontro marcou a primeira reunião presencial do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado. Este escritório coordenará ações integradas entre as forças de segurança estaduais e federais. Dessa forma, o governo enfrentará facções que atuam em diferentes regiões do país.
Resposta ao Desafio das Armas
A reunião ocorreu uma semana após a Operação Contenção, a mais letal da história do Rio, com 121 mortos. A ação contra o Comando Vermelho resultou em 113 prisões nos complexos da Penha e do Alemão.
O Escritório Emergencial continuará suas reuniões de forma virtual duas vezes por semana. Isso garantirá acompanhamento constante e transparência na execução das ações.
“Tratamos de temas essenciais para o Rio de Janeiro e já temos outras reuniões programadas para os próximos dias. Foi criado um grupo técnico para garantir que todas as ações e entregas ocorram de forma ágil e eficiente”, avaliou o secretário Victor dos Santos.
O secretário nacional Mário Sarrubbo destacou a importância de uma resposta articulada entre todos os estados. Ele lembrou que a entrada de armas no Rio de Janeiro ocorre por meio de vários pontos do país e do exterior. “Portanto, é necessário o envolvimento de toda a nação. Vamos chamar o Brasil para este diálogo”, afirmou.
Financiamento e Plano de Retomada
Os líderes também debateram mecanismos de financiamento para futuras operações integradas. Além disso, eles avançaram no Plano de Retomada de Território. Este plano busca restabelecer a presença do Estado em áreas dominadas por facções criminosas, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, já havia defendido a parceria na semana passada. Ele afirmou que “O Rio pode vencer batalhas sozinho, mas não a guerra. O enfrentamento ao crime organizado precisa ser nacional, porque esses grupos atuam em todo o país”.

