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Ações imediatas e eficazes

TCDF determina medidas urgentes para o combate à dengue no DF

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Agentes do GDF no combate à dengue
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília


Em decisão unânime, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou que a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) adote ações imediatas e eficazes para reforçar o combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como a dengue. A decisão foi tomada após uma inspeção do Tribunal, que revelou falhas graves nas ações preventivas realizadas pela pasta, incluindo a ausência de registros informatizados das visitas domiciliares.

Risco para estudantes

Em visita à Região Administrativa de Ceilândia na terça-feira, dia 28 de janeiro, o presidente do TCDF, conselheiro Manoel de Andrade, inspecionou áreas abandonadas perto de unidades da Rede Pública de Ensino.

O terreno ao lado do Centro de Educação da Primeira Infância Jasmin e do Centro de Ensino Fundamental 02 está repleto de entulho e lixo, aumentando o risco de proliferação do mosquito. A creche e a escola atendem cerca de mil estudantes, incluindo de setores de maior vulnerabilidade social, como o Pôr do Sol e o Sol Nascente. “É preciso agir preventivamente para evitar outra epidemia como a do ano passado”, afirmou o presidente da Corte.

No entorno do Centro de Atenção Integral à Criança – Caic Professor Anísio Teixeira, onde estudam cerca de 450 alunos, também há muito entulho e risco de contaminação por dengue. A área em volta do EduSesc e do Centro de Atividades do Sesc, escola particular também na Ceilândia, é utilizada para descarte irregular de lixo e entulho, podendo servir de criadouro do mosquito transmissor da doença. “É inadmissível que a administração pública não cuide disso. O combate à dengue é uma missão de todos, mas o Estado tem que ir na frente”, defendeu o presidente do TCDF.

Equipes insuficientes

A fiscalização do TCDF identificou uma insuficiência significativa no número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em todas as Regiões Administrativas do DF, contrariando parâmetros ideais definidos pelas diretrizes nacionais. Em áreas como Plano Piloto, Águas Claras, Vicente Pires, Núcleo Bandeirante, Guará, Riacho Fundo I, Taguatinga e Candangolândia, o déficit ultrapassa 80% do ideal. Já Riacho Fundo II e Fercal estão um pouco mais próximas do recomendado, com 63% e 92% da força de trabalho necessária, respectivamente.

A auditoria ainda revelou que o número de Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVAS) também é inadequado. Atualmente, cada agente precisaria cobrir, em média, 2.345 imóveis, o que compromete gravemente a eficácia das ações de controle da dengue.

Determinações

Diante desse cenário, o Tribunal exigiu que a SES/DF realize com urgência um diagnóstico detalhado para dimensionar o número adequado de profissionais, tanto AVAS quanto ACS, para atender à demanda de forma eficaz. A secretaria deverá apresentar um plano com cronograma de implementação para garantir a efetividade das ações de controle da dengue.

Outra determinação do Tribunal é a criação de um sistema informatizado para registrar as visitas domiciliares dos agentes, integrando essas informações aos sistemas de saúde já existentes. A SES/DF também deverá desenvolver um sistema de monitoramento contínuo das medidas de controle, permitindo ajustes rápidos conforme as variações dos indicadores de saúde.

O TCDF recomendou ainda que a SES/DF adote um regime de zoneamento para que os AVAS atuem em áreas próximas às suas residências, otimizando os recursos e melhorando a territorialização, alinhando-se às diretrizes da Atenção Primária à Saúde.

Essas medidas visam a intensificar o combate à dengue, especialmente durante os períodos quentes e chuvosos, quando há um aumento significativo na transmissão da doença.  Em 2024, o Distrito Federal enfrentou uma epidemia de dengue. Nos três primeiros meses daquele ano, foram registrados 217 mil casos prováveis, superando o acumulado dos cinco anos anteriores, que somaram cerca de 214 mil casos.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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