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80 mil casos por ano no Brasil

Especialistas explicam técnicas de identificação e tratamento da tuberculose

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Tuberculose
Foto/Imagem: Freepik


Sendo um dos graves problemas de saúde pública, com mais de 80 mil casos por ano no Brasil, a tuberculose é uma das doenças transmissíveis incluídas na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para ações urgentes no combate à enfermidade.

De acordo com especialistas, para atingir a meta estabelecida pela ONU em conjunto com o governo brasileiro, de eliminação da epidemia de tuberculose até 2030 no Brasil, é necessário realizar exames para um diagnóstico adequado, que ajuda na identificação da doença, para iniciar o tratamento e reduzir as taxas de transmissão.

Segundo Kesya Balena, coordenadora do curso de tecnólogo em radiologia da Estácio Brasília, para identificar a doença, uma das técnicas mais eficazes é a radiografia de tórax. Esses exames de imagem são seguros e rápidos, levando cerca de 20 minutos.

O Ministério da Saúde recomenda o uso da radiografia do tórax em pacientes com suspeita clínica de tuberculose, pessoas que tiveram contato com pacientes infectados pela doença ou com infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB). No entanto, para um diagnóstico preciso, esses exames de imagem ainda precisam de complementos por exames bacteriológicos.

Após dois anos consecutivos com aumento de casos de tuberculose no Brasil, os dados preliminares de 2023 registraram uma diminuição, identificando 80.012 casos. Em 2022, a incidência foi de 38 casos por 100 mil habitantes, cerca de 81.604 casos, de acordo com o Ministério da Saúde.

A doença é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, que pode afetar diversas áreas do corpo, sendo a forma pulmonar a mais comum. Ela apresenta sintomas como tosse por 3 semanas ou mais (o principal sintoma), além de febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. Se não tratada, a tuberculose ativa é transmitida por via respiratória, através da eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com a doença.

“Por estar relacionada com o comprometimento da função pulmonar, é necessário a identificação e o tratamento precoce. A fisioterapia respiratória ajuda a minimizar os efeitos da patologia desde a fase inicial ativa, quanto na pós tuberculose, devido às sequelas da doença. Dessa forma, os sintomas como dispneia, dor torácica, tosse e capacidade respiratória e motora. São melhorados por meio de exercícios respiratórios, recursos manuais e instrumentais e como consequência a melhora na qualidade de vida”, explica a coordenadora de fisioterapia, Débora Cangussu, da Estácio Brasília.

O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado em 24 de março, destaca a importância da conscientização e da ação global para combater essa doença. E a radiologia e a fisioterapia desempenham um papel na identificação precoce para o tratamento eficaz da tuberculose, contribuindo para alcançar a meta de eliminação da epidemia até 2030.

Saúde

Jovens de 15 a 19 anos receberão vacina da HPV até dezembro

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Foto/Imagem: Arquivo/Agência Saúde-DF

Uma importante medida de saúde pública foi anunciada para o Distrito Federal: a Secretaria de Saúde (SES-DF), seguindo as orientações do Ministério da Saúde, prorrogou até o final de dezembro a campanha de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para a faixa etária de 15 a 19 anos. Essa é uma excelente oportunidade para quem perdeu o prazo e busca proteção contra o vírus.

Para se vacinar, basta apresentar um documento de identificação e o cartão de vacina em um dos mais de 180 pontos de vacinação disponíveis no Distrito Federal.

Baixa adesão preocupa autoridades

A ampliação do público-alvo da vacina HPV começou em março, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal entre os jovens que não se imunizaram na idade preconizada, que é de 9 a 14 anos. No entanto, os números atuais acendem um alerta: até o último sábado (14), apenas 2,3 mil indivíduos entre 15 e 19 anos haviam sido vacinados, um número muito abaixo da meta de 49 mil jovens estimados para essa faixa etária.

O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, reforça a importância da vacinação. “Estamos comprometidos em aumentar a cobertura vacinal e garantir que todos tenham acesso às doses. É essencial que essa faixa etária aproveite a chance para se proteger contra infecções que podem levar a doenças graves, como o câncer”, alertou Lacerda.

A importância da vacina HPV na prevenção do câncer

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode causar verrugas genitais e diversos tipos de câncer, incluindo os de pênis, útero e laringe. No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que o câncer de colo de útero mata cerca de 7 mil mulheres por ano, um cenário que sublinha a urgência e a relevância da vacinação como ferramenta de prevenção. A prorrogação da campanha no Distrito Federal é, portanto, uma chance valiosa para a população de Brasília e arredores se proteger e contribuir para a saúde coletiva.

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Saúde

Saúde do DF em Debate: Iges-DF Presta Contas e UPAs Viram Centro de Discussão na CLDF

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Foto/Imagem: Ângelo Pignaton/Agência CLDF

A saúde pública do Distrito Federal foi o centro de um acalorado debate na Câmara Legislativa (CLDF) nesta segunda-feira (16). Em audiência pública, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) apresentou sua prestação de contas dos últimos quatro meses de 2024 à Comissão de Saúde (CSA), evidenciando desafios e planos para o setor. Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e movimentos de usuários da saúde também acompanharam a sessão.

O presidente do Iges-DF, Cleber Monteiro Fernandes, destacou o aprimoramento da gestão, com a criação de uma superintendência de contratos e a futura implementação de um cartão corporativo para agilizar a aquisição de insumos nas unidades. “Precisamos auditar nossos contratos de ponta a ponta. Por isso, estamos criando processos de auditoria permanente”, afirmou Monteiro.

Novas UPAs e a Crise da Atenção Primária

O anúncio do Governo do Distrito Federal (GDF) de construir sete novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em regiões como Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul e Estrutural, com investimento de R$ 117 milhões, gerou discussões entre os parlamentares.

A presidente da CSA, deputada Dayse Amarilio (PSB), embora veja com bons olhos os investimentos, defendeu a necessidade de repensar o planejamento da saúde no DF, priorizando o fortalecimento da atenção primária. Para a deputada, que classificou a situação como um “cenário de guerra”, a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) – as Unidades Básicas de Saúde (UBS) – é crucial para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Amarilio denunciou falhas graves nas UPAs geridas pelo Iges-DF, como a demora no atendimento, a falta de leitos e a escassez de ambulâncias para transporte de pacientes. “Não é verdade que a UPA é melhor que a atenção primária. O que falta é compromisso de gestão, para que as pessoas possam entregar o que é melhor, para que as pessoas possam trabalhar sem a sensação de que seus pacientes vão morrer”, desabafou a parlamentar, que relatou ter presenciado a UPA de Vicente Pires completamente lotada, sem acolhimento adequado.

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) corroborou a sobrecarga das UPAs, que, segundo ele, muitas vezes são procuradas por pacientes que buscam um serviço de melhor qualidade do que o oferecido pela Secretaria de Saúde. Ele criticou a existência de dois modelos de atendimento (Iges-DF e SES/DF), que podem complicar o processo e gerar retrabalho. “Quando a gente refaz o atendimento, a gente gasta em dobro”, pontuou.

A promotora de Justiça do MPDFT, Hiza Carpina, alertou para “sérios problemas” nas unidades do Iges-DF, incluindo a lotação superior a 200% em prontos-socorros, déficit de profissionais e altas taxas de absenteísmo. “É possível enxergar o colapso. Precisamos de um projeto de saúde para o DF”, ponderou Carpina.

Transparência Financeira e Contratual do Iges-DF

No período de setembro a dezembro de 2024, o Iges-DF recebeu um total de R$ 564 milhões, com a maior parte (R$ 558 milhões) proveniente do Contrato de Gestão e aditivos. As despesas totalizaram R$ 547 milhões, com gastos significativos em pessoal (R$ 297 milhões) e serviços de terceiros (R$ 142 milhões).

A área de contratos do Instituto formalizou 465 instrumentos contratuais, totalizando mais de R$ 448 milhões, destacando-se serviços de vigilância patrimonial, lavanderia hospitalar e fornecimento de alimentação. Cerca de 16% dos contratos foram classificados como emergenciais. O Iges-DF também reforçou sua atuação na análise de falhas contratuais e aplicação de sanções, visando garantir a responsabilização de fornecedores e a integridade das contratações públicas.

Os dados completos da prestação de contas do Iges-DF para o 3º quadrimestre de 2024 podem ser acessados na íntegra na página oficial do instituto. A audiência pública também contou com a participação dos deputados Jorge Vianna (PSD) e Pepa (PP) e a íntegra da reunião pode ser assistida no canal do YouTube da CLDF.

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