O ministro da Educação, Camilo Santana, assinou nesta terça-feira (22) a portaria que autoriza a criação de um novo curso de Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O curso será ministrado no campus da instituição em São Mateus, cidade no norte do estado, a 220 quilômetros de Vitória e próxima à divisa com a Bahia.
A medida faz parte da política nacional de expansão das escolas médicas em instituições federais, alinhada ao programa Mais Médicos. “Nosso objetivo é ampliar os cursos e as vagas de medicina nas nossas universidades públicas federais em todo o país”, destacou o ministro durante a solenidade no Palácio do Planalto, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador Renato Casagrande e do reitor da UFES, Eustáquio de Castro.
Investimento e previsão de início das aulas
O projeto prevê a oferta de 60 novas vagas anuais. O investimento total é estimado em R$ 30 milhões, cobrindo a construção de um novo prédio, aquisição de equipamentos e outros itens necessários para o funcionamento do curso. Desse montante, ao menos R$ 5 milhões do Novo PAC já estão reservados para as obras do novo bloco. A expectativa é que as vagas sejam oferecidas a partir do primeiro semestre de 2026.
O governador Renato Casagrande celebrou a iniciativa, ressaltando a importância para a região. “Nós só temos um curso [público] de medicina lá no estado do Espírito Santo, que é na nossa universidade em Vitória. E, agora, a gente abre mais 60 vagas no extremo norte, lá na divisa com a Bahia. Então, fortalece o centro universitário que nós temos lá, vamos ter, então, 18 cursos de graduação, temos doutorado, mestrado, pós-doutorado, um passo importante para a gente poder consolidar o centro universitário, levar o ensino mais perto das pessoas e dar oportunidade às pessoas”, afirmou.
Casagrande também sinalizou a possibilidade de repassar a gestão de um hospital regional de São Mateus ao governo federal, para que a unidade funcione como um hospital-escola para o novo curso de medicina da UFES na região. Essa medida seria viável, segundo ele, pois o governo do estado já está construindo um novo complexo hospitalar no município.
