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Vacina contra meningite para crianças de 12 meses no SUS

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Foto/Imagem: © Josué Damacena/Fiocruz/Divulgação
Reporter: Jeferson Nunes

A partir desta terça-feira (1º), uma importante mudança no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar a proteção de crianças contra a meningite. A vacina meningocócica ACWY passa a ser ofertada para bebês de 12 meses de idade, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde.

O que muda na vacinação?

Até agora, o esquema vacinal contra a meningite em crianças incluía duas doses da vacina meningocócica C (aos 3 e 5 meses) e um reforço da mesma vacina aos 12 meses. Com a nova diretriz, o reforço dos 12 meses será feito com a vacina ACWY, que oferece uma proteção mais abrangente ao combater os sorogrupos A, C, W e Y da bactéria causadora da doença.

Anteriormente, a vacina ACWY era aplicada na rede pública apenas em adolescentes, entre 11 e 14 anos.

Quem deve se vacinar?

O Ministério da Saúde esclarece que crianças que já receberam as duas doses da vacina meningocócica C e o reforço com a mesma vacina não precisam tomar a ACWY neste momento. No entanto, se a criança ainda não completou 12 meses e, portanto, não recebeu o reforço, ela deverá receber a dose da ACWY.

Meningite no Brasil: Dados e Prevenção

Em 2025, o Brasil já registrou 4.406 casos confirmados de meningite. Desses, 1.731 foram do tipo bacteriana, 1.584 viral e 1.091 por outras causas ou não identificados.

É fundamental lembrar que outras vacinas disponíveis no SUS, como a BCG, a penta e as pneumocócicas 10, 13 e 23-valente, também contribuem para a proteção contra algumas formas de meningite.

Entenda a meningite

A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Embora possa ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, a doença também pode ter origens não infecciosas, como em casos de câncer com metástase nas meninges, lúpus, reações a medicamentos e traumatismos cranianos.

As meningites bacterianas são mais comuns no outono e inverno, enquanto as virais predominam na primavera e no verão. A vacinação é uma das principais formas de prevenção contra essa doença grave.

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Anvisa suspende vendas de azeite, molho e polpa de fruta

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Foto/Imagem: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de três marcas. A decisão veio após laudos de laboratórios públicos apontarem resultados insatisfatórios. Além disso, um azeite extravirgem de origem desconhecida foi apreendido e teve sua venda totalmente suspensa. As medidas sanitárias foram publicadas na segunda-feira (7) no Diário Oficial da União (DOU).

 

Produtos afetados e motivos do recolhimento

  • Polpa de Morango De Marchi: O lote 09437-181 (validade até 01/11/2026) foi recolhido devido a um resultado inconsistente na pesquisa de matérias estranhas, conforme laudo do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC).
  • Champignon Inteiro em Conserva Imperador: O lote 241023CHI (validade 10/2026), fabricado pela Indústria e Comércio Nobre, foi recolhido. O motivo foi a quantidade de dióxido de enxofre acima do limite permitido, atestado pelo Lacen-DF.
  • Molho de Alho Qualitá: O lote 29 (validade 01/2026), produzido pela Sakura Nakaya Alimentos, também teve seu recolhimento ordenado. O laudo do Lacen-DF indicou dióxido de enxofre acima do limite permitido.

 

Azeite Extravirgem Vale dos Vinhedos proibido

A medida mais drástica da Anvisa foi aplicada ao azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos. A agência determinou a apreensão total e a proibição completa de sua comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso.

Segundo a Anvisa, o produto possui origem desconhecida e apresentou resultados insatisfatórios em ensaios de rotulagem e físico-químicos, descumprindo a legislação vigente. A empresa responsável pelo azeite, Intralogística Distribuidora Concept, está com o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso por inconsistências nos registros da Receita Federal.

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Professor Transforma PECs do DF em Academias Eficientes

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Foto/Imagem: Afonso Ventania

Os tradicionais Pontos de Encontro Comunitário (PECs) no Distrito Federal estão ganhando uma nova vida. Graças ao trabalho inovador da professora de Educação Física Daniela Nicareta, o que era visto como um simples espaço de ginástica ao ar livre, muitas vezes voltado apenas para idosos, agora se tornou um cenário para treinos eficientes, seguros e acessíveis, com orientação profissional.

Os PECs são conhecidos por oferecer aparelhos de ginástica ao ar livre para a comunidade, promovendo um estilo de vida saudável e inclusão. Os equipamentos incluem multiexercitadores, simuladores de cavalgada, leg press, e barras com rotação, entre outros.

 

Do preconceito à viralização nas redes sociais

Daniela, atenta ao potencial desses aparelhos públicos, desenvolveu um método de exercícios específico para os PECs, focado em melhorar o desempenho físico e prevenir lesões. Seus vídeos com orientações sobre o uso correto dos aparelhos viralizaram nas redes sociais, ajudando usuários no DF e em outros estados a aproveitarem melhor os equipamentos.

“Eu mesma tinha preconceito com esses aparelhos”, admite Daniela. “Achava que não davam resultado por não usarem carga. Mas quando comecei a estudar o funcionamento deles e a aplicar técnicas como movimentos unilaterais e controle de velocidade, entre outras, vi que era possível evoluir, sim”, explica.

A iniciativa surgiu a convite de Vera Coradin, prefeita comunitária da 115 Norte, que buscou apoio para instalar uma academia comunitária em sua quadra. A preocupação com o uso incorreto dos equipamentos levou Vera a convidar Daniela para orientar os frequentadores. A educadora não só passou a dar aulas, como também criou um protocolo específico de treinamento para os PECs. “Eu mesma senti mais resultado depois que comecei a treinar com ela”, conta Vera.

 

Exercício consciente e qualidade de vida

Daniela explica que o diferencial está na adaptação do treino. “Mesmo sem pesos, podemos aumentar a dificuldade com ajustes na técnica. Além disso, comecei a gravar vídeos para ajudar quem não tem orientação e publicá-los na internet. E foi aí que tudo tomou outra proporção”, relata.

A iniciativa de Daniela transformou a percepção dos PECs, que agora recebem pessoas de todas as idades e gêneros. Ela alerta sobre o uso incorreto dos aparelhos. “Muitas vezes, pela falta de informação, algumas pessoas inventam exercícios”, diz. O objetivo é conscientizar sobre a forma correta de exercitar-se para obter resultados e cuidar da saúde.

Para a professora, o PEC pode ser o início de uma vida ativa e saudável, especialmente para comunidades sem acesso fácil a academias convencionais. “No começo, eu oriento os meus alunos a fazerem sem carga para aprender a realizar o movimento e entender como é a utilização correta de cada equipamento. Depois, podemos usar caneleiras com pesos para trazer mais carga para o aparelho.”

“Não existe lugar adequado para se malhar, existe o treinamento adequado a se fazer”, ensina Daniela. Ela celebra que, após a repercussão de seus vídeos, as pessoas estão se informando mais e obtendo melhores resultados, livres de lesões.

Maria de Lourdes Rezende, moradora da Asa Norte, atesta os benefícios. “Minha saúde melhorou muito, tanto no corpo quanto na mente. Venho todos os dias e recomendo demais. A academia comunitária virou minha terapia”, relata.

A satisfação de Daniela vem de democratizar o conhecimento e permitir que mais pessoas treinem com segurança. “Se tem equipamento, tem saúde. Basta usar do jeito certo”, conclui.

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