O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Dieese divulgaram, nesta quinta-feira (18), o boletim inédito Família e Renda 2024. O estudo traça um raio-x das condições socioeconômicas em Brasília, revelando que 40,7% das famílias na capital são chefiadas por mulheres e que o sustento principal dos lares (44,5%) provém do trabalho.
A pesquisa divide a população em quatro grupos de renda, evidenciando o abismo social no Distrito Federal: enquanto a renda média familiar no grupo mais pobre é de R$ 2.018, no grupo de maior poder aquisitivo o valor salta para R$ 19.145.
Perfil das famílias e mercado de trabalho
O tamanho das famílias brasilienses varia conforme a condição financeira. Nos lares de menor renda, a média é de 3,1 pessoas, enquanto nos grupos mais ricos esse número cai para 2,1. Entre os arranjos familiares, casais com filhos (28,5%) e pessoas que moram sozinhas (25,6%) são as formações predominantes no DF.
No campo do emprego, os dados trazem alertas e insights:
Taxa de Desemprego: Entre os chefes de família, o índice é de 9%.
Desigualdade: A desocupação é significativamente maior entre os responsáveis por lares de baixa renda.
Participação: 67,4% dos chefes de domicílio estão ativos no mercado de trabalho.
Sustento e vulnerabilidade
A renda do trabalho principal segue como a espinha dorsal da economia doméstica, respondendo por quase metade do rendimento total das famílias. O boletim serve como ferramenta estratégica para que o governo possa direcionar políticas públicas de combate à desigualdade e apoio às chefes de família, público que representa quase metade das residências do DF.

