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política

Zambelli foge do Brasil após condenação e do exterior ataca Justiça brasileira

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Foto/Imagem: © Lula Marques (EBC)
Reporter: Marta Borges

Condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil e se refugiou na Europa, onde pretende fixar residência. Em entrevista concedida ao canal bolsonarista AuriVerde no YouTube, na manhã desta terça-feira (3), a parlamentar confirmou a fuga do país e justificou sua ausência com uma mistura de alegações de tratamento médico, cidadania italiana e suposta perseguição política.

Estou fora do Brasil já faz alguns dias”, declarou, sem informar em que país está. “Escolhi a Europa porque tenho cidadania italiana, e isso impede que eu seja mandada de volta.

A declaração soa menos como esclarecimento e mais como cálculo jurídico. A parlamentar busca escudo diplomático ao se afastar do território brasileiro — dois meses após ser condenada por crimes que incluem falsidade ideológica e invasão de sistema público, com o auxílio do hacker Walter Delgatti. A Justiça determinou também a perda de seu mandato parlamentar, assim que esgotados os recursos legais.

Condenação e fuga

A deputada foi condenada por ter solicitado a Delgatti a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de divulgar documentos forjados com a intenção de atacar instituições democráticas. O hacker, que já cumpre pena, detalhou em delação o envolvimento da parlamentar.

Zambelli, no entanto, usa a narrativa de vítima: “Eu poderia ir para a prisão e continuar no meu país. Me entregar. Mas que Justiça é essa que prende a Débora por 14 anos e quer me prender por 15?”, disse, em referência à cabeleireira condenada por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Na mesma entrevista, Zambelli anunciou que pedirá afastamento sem vencimentos, deixando a vaga temporariamente para seu suplente, Coronel Tadeu (PL-SP). Tentando emplacar um discurso de resistência, a deputada afirmou que está apenas “recuada” e não “abandonando o país”.

É resistir. É poder continuar falando o que quero. Voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que esta ditadura nos impôs”, afirmou, sem reconhecer as ilegalidades que motivaram sua condenação.

Históricos de violência e desinformação

Zambelli também é ré em outro processo no STF, acusado de ter sacado uma arma e perseguido o jornalista Luan Araújo em plena rua, em clima tenso no segundo turno das eleições de 2022. O episódio, gravado e amplamente divulgado, mostra a parlamentar armada em situação de clara intimidação.

Apesar das imagens, Zambelli segue defendendo suas ações: “Minha vida virou um inferno astral depois daquilo, mas eu não estava errada”, declarou. “Qualquer mãe, ao ouvir um tiro e temendo pela segurança do filho, faria o mesmo.” Uma narrativa difícil de sustentar diante dos fatos registrados.

A deputada também usou a live para criticar novamente as urnas eletrônicas e defender o voto impresso, discurso recorrente entre bolsonaristas. Disse ainda que no Brasil era “proibida” de falar essas coisas, sob risco de cassação, mas que agora, “do lado de fora”, tem liberdade para “denunciar os desmandos”.

Administração por herança: redes nas mãos da mãe

Zambelli demonstrou preocupação com a possível perda de suas redes sociais, com mais de 10 milhões de seguidores, e anunciou que sua mãe será responsável por “dar continuidade ao legado”. Uma estratégia que parece buscar manutenção de influência digital, mesmo diante da provável inelegibilidade e perda de mandato.

Tomei todas as providências. Quem administra minhas redes agora é minha mãe. Peço que continuem seguindo, pois vou continuar em contato”, afirmou.

Paralelos com Eduardo Bolsonaro

A deputada ainda comparou sua situação com a de Eduardo Bolsonaro, que atualmente está nos Estados Unidos alegando também “perseguição” e “ditadura” no Brasil. O deputado é alvo de inquérito no STF por tentativa de incitar medidas estrangeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, o que pode configurar crime contra a soberania nacional.

Zambelli segue o mesmo roteiro: fuga do país, ataque ao STF, discurso de martírio e sustentação por redes sociais. A diferença? Uma condenação concreta nas costas — que pode crescer, caso os processos em curso avancem.

cultura

Guns N’ Roses anuncia show em Brasília e mais quatro cidades no Brasil

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Foto/Imagem: Gary Miller

A banda de americana Guns N’ Roses anunciou show em Brasília e para mais quatro cidades no Brasil e que estão previstos para acontecerem em outubro deste ano.

As apresentações que acontecerão em Brasília, São Paulo, Florianópolis, Curitiba e Cuiabá, fazem parte da etapa de shows da turnê “Because What You Want and What You Get Are Two Completely Different Things”, que passa na América Latina entre outubro e novembro.

A informação foi compartilhada no site oficial da banda e em suas redes sociais. A primeira parada do grupo de rock no Brasil será em Florianópolis, na Arena Opus, seguindo para São Paulo (Allianz Parque), Curitiba (Pedreira Paulo Leminski), Cuiabá (Arena Pantanal) e finalizando com em Brasília (Arena BRB).

As vendas de ingressos para Brasília iniciarão em 10 de junho.

Para Brasília e São Paulo haverá pré-venda exclusiva para o fã-clube, com cadastro previamente realizado no site da banda, com duração de 24h, que começa no dia 9 de junho às 10h, no site da Eventim.

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economia

Dólar fecha em queda e atinge menor valor desde outubro de 2024

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Foto/Imagem: Foto de Arquivo

Na contramão do mercado global, o real se valorizou nesta sexta-feira (6), puxado pela expectativa em torno do novo pacote fiscal do governo. O dólar comercial recuou pelo segundo dia consecutivo, fechando a R$ 5,57 — menor valor desde outubro de 2024. Já a bolsa de valores seguiu em baixa, encerrando a terceira queda seguida.

A moeda norte-americana teve variação ao longo do dia, chegando à máxima de R$ 5,61 por volta de 12h15, mas cedeu à tarde e atingiu a mínima de R$ 5,56 às 16h30. Com a queda de 0,28% nesta sexta, o dólar acumula baixa de 2,63% em junho e de 9,85% no ano.

Bolsa em baixa: Ibovespa no menor nível em um mês

O movimento positivo no câmbio não se repetiu na bolsa de valores. O Ibovespa, principal índice da B3, caiu 0,1%, fechando aos 136.102 pontos — o menor nível desde 7 de maio. Na semana, o índice acumulou recuo de 0,67%.

Entre os fatores internos que influenciaram o mercado está a expectativa pela divulgação de medidas fiscais que substituam a proposta de aumento do IOF. A possibilidade de alternativas menos onerosas ao setor produtivo animou o câmbio, favorecendo o real.

Juros e tensão política afetam ações

A possível alta de 0,25 ponto percentual na Selic, que pode ser anunciada pelo Banco Central nos dias 17 e 18 de junho, também impactou negativamente o mercado de ações. A expectativa de juros mais altos tende a afastar investidores da bolsa, favorecendo aplicações em renda fixa, consideradas mais seguras.

Influência externa: empregos nos EUA e reunião entre EUA e China

No cenário internacional, a divulgação de dados positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos pressionou o dólar para cima pela manhã. No entanto, o anúncio de que representantes comerciais dos EUA e da China se reunirão na próxima segunda-feira (9), em Londres, trouxe alívio aos mercados e contribuiu para a queda da moeda americana no fim do dia.

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