A recuperação do asfalto no Distrito Federal virou uma política permanente desde 2019. O investimento ultrapassa R$ 1,7 bilhão, um valor que traduz mais do que quilômetros de pista refeitos: significa menos buracos, mais segurança e, sobretudo, menos dinheiro saindo do bolso do cidadão para consertar carro, moto ou perder tempo no trajeto diário. Quando o asfalto melhora, a rotina melhora junto. Pais levam os filhos à escola com mais tranquilidade e trabalhadores ganham minutos preciosos de volta para casa.
O Governo do Distrito Federal afirma que essa foi uma escolha estratégica desde o início da atual gestão. O governador Ibaneis Rocha disse que muitas vias já pediam substituição completa, sobretudo pela idade de Brasília, que acaba de completar 65 anos. Segundo ele, renovar o pavimento das principais avenidas representa mais segurança e mais conforto para quem precisa se deslocar todos os dias.
O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, lembrou que as primeiras ações partiram justamente do coração da cidade, com a recuperação do Eixão, ainda em 2019. Depois, vieram a W3 e outras avenidas históricas que apresentavam desgaste significativo. O secretário explicou que o governo mapeou todas as regiões e dividiu responsabilidades entre DER-DF e Novacap, conforme o tipo de via.
Em maio deste ano, o GDF lançou o programa GDF nas Ruas, voltado especialmente ao recapeamento profundo. Em muitos trechos, o piso estava tão deteriorado que a operação tapa-buraco já não resolvia. Era preciso reestruturar a base, etapa mais cara, porém mais duradoura. José Humberto destaca que esse cuidado evita retrabalho e prolonga a vida útil das pistas.
A Novacap informa ter investido R$ 1,16 bilhão desde 2019 em manutenção e recuperação de 968 quilômetros de vias. O presidente da companhia, Fernando Leite, relata que só entre janeiro e julho deste ano foram executados 90 mil m² de serviços, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior. Segundo ele, a gestão buscou atacar as demandas emergenciais enquanto avançava simultaneamente em várias regiões.
O diretor-geral do DER-DF, Fauzi Nacfur Júnior, reforça que o foco agora é a manutenção preventiva. Ele afirma que esse tipo de intervenção reduz drasticamente a necessidade de tapa-buracos, inclusive no período chuvoso, quando esse tipo de problema costuma se multiplicar. Fauzi afirma que prevenir significa evitar transtornos, acidentes e gastos desnecessários para os motoristas.
Além da pavimentação, o GDF executa obras para melhorar o fluxo nas saídas do DF. O chefe da Assessoria de Projetos Estratégicos da Segov, Vilton Gonzaga, cita duas intervenções principais: o alargamento da BR-040, na saída sul, com via marginal já entregue, e a ampliação da BR-020, entre Sobradinho e Planaltina, com trechos liberados e outros em fase final. Segundo ele, as obras já aliviaram o trânsito nesses corredores.
Para 2026, a diretriz é manter o ritmo. José Humberto afirma que, com as grandes obras perto da conclusão, o foco será reforçar a recuperação de asfalto em todas as cidades e avançar na reforma de calçadas, ciclovias, parques e espaços públicos. A meta, diz ele, é entregar uma Brasília renovada e preparada para os próximos anos, com mobilidade mais segura e infraestrutura mais moderna.

