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Esperança

Britânico é o primeiro a tomar nova vacina contra câncer no pulmão

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Câncer de pulmão
Foto/Imagem: Freepik
BBC News

Um homem de 67 anos se tornou a primeira pessoa no Reino Unido a testar o que os médicos esperam que seja um novo tratamento revolucionário para o câncer de pulmão — uma vacina que diz ao corpo como combater e matar a doença.

O imunizante utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), a mesma usada em algumas vacinas contra covid-19 para dar instruções ao sistema imunológico.

O ensaio clínico em estágio inicial do qual Janusz Racz está participando vai verificar se a vacina é segura.

Cerca de 34 centros de pesquisa em sete países, incluindo a University College London (UCL), no Reino Unido, vão recrutar 130 pacientes para testá-la.

Altamente direcionado

O tratamento deve ter como alvo específico as células cancerígenas a serem destruídas — em vez das células saudáveis, o que significa menos efeitos colaterais.

O imunizante contém informações sobre vários marcadores encontrados na superfície das células do câncer de pulmão para ensinar ao sistema imunológico do paciente o que encontrar e combater.

A vacina BNT116, feita pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech, pode ser um divisor de águas, dizem os especialistas.

“Esperamos dar início a esta nova era de tratamento com vacina de mRNA para câncer de pulmão”, afirmou Siow Ming Lee, que está liderando o ensaio clínico no Reino Unido.

“Esperamos que, em combinação com o tratamento padrão atual — imunoterapia e quimioterapia — possamos fornecer um reforço imunológico adicional.”

Racz, morador de Londres, diz que está aberto a experimentar coisas novas.

“Espero que forneça uma defesa contra as células cancerígenas. Mas também pensei que minha participação nesta pesquisa poderia ajudar outras pessoas no futuro, e ajudar este tratamento a se tornar mais amplamente disponível.”

“Como cientista, sei que a ciência só pode avançar se as pessoas concordarem em participar de programas como este.”

Racz, que trabalha com inteligência artificial, foi diagnosticado com câncer de pulmão depois de ter tido alguns problemas respiratórios que ele achava que poderiam ser asma.

Um exame de imagem (para um problema não relacionado) revelou um tumor em seu pulmão direito.

Cally Palmer, diretora nacional da área de oncologia do NHS England, o serviço público de saúde da Inglaterra, acredita que vacinas como esta podem ser “revolucionárias” na imunização de pessoas contra seus próprios cânceres para evitar que a doença retorne.

“Um diagnóstico de câncer é muito preocupante, mas o acesso a ensaios clínicos inovadores — aliados a outras inovações para diagnosticar e tratar o câncer mais cedo — dá esperança.”

“Esperamos ver milhares de pacientes participando de ensaios clínicos nos próximos anos”, ela acrescentou.

O ensaio clínico vai recrutar pessoas com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) desde o estágio inicial antes da cirurgia ou radioterapia, até a doença em estágio avançado ou recidiva do câncer — para tomar a vacina junto à imunoterapia padrão.

Há várias outras vacinas sendo usadas contra diferentes tipos de câncer.

Diferentemente das vacinas para nos proteger de doenças infecciosas, como o sarampo, as vacinas para tratamento do câncer são destinadas a pessoas que já têm a doença.

Elas ajudam o sistema imunológico do seu organismo a reconhecer e atacar as células cancerígenas.

Algumas, como esta última, são desenvolvidas com base em marcadores comuns que tendem a ocorrer apenas em células cancerígenas. Outras são personalizadas ou feitas sob medida para combater o tumor específico de um indivíduo.

“Estamos contentes em ver que outro ensaio clínico de vacina contra o câncer foi aberto no Reino Unido, permitindo que mais pacientes tenham acesso a tratamentos de ponta”, afirmou a CEO da organização Cancer Research UK, Michelle Mitchell.

“A ciência que nos ajudou a sair do pior da pandemia de covid-19 continua a se mostrar promissora como uma opção potencial de tratamento para pacientes.”

“Embora esteja em estágio bastante inicial, estamos ansiosos para ver como o estudo avança”, acrescentou.

O câncer de pulmão continua sendo a principal causa de morte por câncer no mundo, com uma estimativa de 1,8 milhão em 2020. O câncer de pulmão de células não pequenas é o tipo mais comum da doença.

Em geral, não há sinais ou sintomas nos estágios iniciais, mas os motivos para consultar um médico incluem:

  • Uma tosse que não desaparece após algumas semanas;
  • Uma tosse de longa data que piora;
  • Infecções no peito recorrentes;
  • Tosse com sangue.

saúde

Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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saúde

Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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