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Daniel Novais

Alimentação inadequada e dietas restritivas podem afetar o sono

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Qualidade do sono - insônia
Foto/Imagem: Freepik
Ana Lúcia Ferreira

Pesquisas apontam que a maioria dos brasileiros estão com dificuldades para dormir durante o período de quarentena. Entre os fatores que culminam em noites mal dormidas estão a alteração da rotina e o aumento da ansiedade. A falta de sono impacta negativamente a saúde tanto a curto como a longo prazo. Mas algumas mudanças de hábitos podem ajudar nessa batalha. Segundo o nutricionista Daniel Novais, a alimentação influencia diretamente na qualidade do sono, por isso o simples fato de observar e escolher melhor o que ingerir antes de dormir trazem vários benefícios.

Ele explica que o ideal é fazer a última refeição duas horas antes de dormir. “A alimentação no período noturno deve ser leve. As refeições grandes aumentam o tempo de digestão e dificultam o sono” comenta.

Os carboidratos com muito açúcar, bolos, pães e massas, devem ser evitados, porque eles fornecem energia para o corpo, deixando a pessoa mais ativa e também diminuem o nível de serotonina – o hormônio responsável pela regulação do sono.

“Os açúcares e bebidas com cafeína também devem ficar fora do cardápio noturno. Muita gente não percebe, mas os líquidos também devem ser consumidos com moderação, pois eles estimulam a bexiga” explica Daniel Novais.

Alimentos ricos em triptofano não podem faltar nas refeições de quem tem dificuldades para dormir. Esse aminoácido regula os níveis de serotonina no cérebro e relaxa o corpo. É recomendável a ingestão de alimentos leves como frutas, chás, torradas integrais e oleaginosas.

Dietas restritivas

Para tentar manter a forma durante o período de isolamento social, as pessoas estão buscando e recorrendo a dietas muito restritivas. “Tenho recebido muitos relatos de pacientes, que preocupados com a boa forma, acabam se alimentando mal e deixando de ingerir uma alimentação balanceada e saudável. Isso complica ainda mais os distúrbios do sono. Porém, essa não é a melhor escolha em tempos de quarentena”, ressalta ele

A restrição de nutrientes altera o humor e o sono, além deixar o corpo mais vulnerável a infecções. “A maioria das dietas que restringem carboidratos precisam de um período de adaptação nas primeiras semanas. Quem está começando geralmente sente fraqueza, mal-estar, alterações no sono, e consequentemente queda na imunidade. O ideal é fazer as restrições de forma progressiva e aos poucos.” comenta o nutricionista.

Alimentos que ajudam no sono

As nozes e amêndoas são ricas em melatonina, conhecida como hormônio do sono.

Os chás de camomila e maracujá relaxam o corpo e estimulam serotonina.

A banana é uma fruta rica em potássio, um mineral essencial para uma noite profunda de sono, além de conter triptofano e magnésio, que fazem da fruta um sedativo natural.

A alface é constituída de triptofano – a verdura pode ser consumida na última refeição do dia em saladas, na forma de chá ou até suco.

Uma pequena tigela de iogurte com frutas picadas ou granola, contém cálcio, que é necessário para o processamento de hormônios indutores do sono – o triptofano e a melatonina.

A aveia é uma fonte natural de melatonina, hormônio que ajuda a controlar o ciclo do sono. Aposte em uma pequena tigela de mingau de aveia ou um biscoito de aveia.

O peru também contém triptofano, assim como é ótima fonte de proteína, que vai te deixar satisfeito por mais tempo. Comer uma salada no jantar facilita a digestão.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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