O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou neste domingo (2) a comunidade de Jamaraquá, na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, no Oeste do Pará. O encontro com mais de mil famílias de extrativistas e ribeirinhos integra a agenda prévia à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, em novembro.
Lula permanecerá no estado ao longo da semana, pois presidirá a Cúpula do Clima nos dias 6 e 7 de novembro, que reunirá dezenas de chefes de Estado.
Amazônia além da preservação
Em seu discurso aos ribeirinhos, o presidente enfatizou que a COP30 é uma oportunidade única para o Brasil forçar o mundo a mudar o olhar sobre a Amazônia, exigindo mais do que a simples preservação ambiental.
“Essa COP30 é um momento único na história do Brasil, porque é um momento em que a gente está obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que deve olhar para a Amazônia. Não é só pedir para a gente manter a floresta em pé”, disse Lula.
O presidente defendeu a necessidade de sustentação econômica para quem vive na floresta, argumentando que a dignidade das pessoas é essencial para a conservação. “É preciso pedir para que a gente mantenha a floresta em pé e para ela ficar em pé, nós temos que dar sustentação econômica, educacional, de saúde para as pessoas que tomam conta dessa floresta”, acrescentou.
Bioeconomia e proteção da flona
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que acompanhou a visita, destacou a comunidade de Jamaraquá como um exemplo de bioeconomia e sociobiodiversidade. A região é reconhecida pelo turismo de base comunitária, trilhas e fabricação de biojoias.
A ministra ressaltou que o estilo de vida das 1,2 mil famílias da Flona do Tapajós é crucial para manter os mais de 500 mil hectares de floresta preservados.

