Uma equipe de agentes da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) iniciou nesta quarta-feira (24) a liberação de mosquitos Aedes aegypti inoculados com a bactéria Wolbachia para combater a dengue, zika e chikungunya. Conhecidos como wolbitos, esses mosquitos foram soltos em dez regiões administrativas do Distrito Federal e em dois municípios de Goiás.
A operação envolveu a equipe da fábrica dos wolbitos, no Guará, que levou os insetos para as regiões de Planaltina, Brazlândia, São Sebastião, Fercal, Estrutural, Varjão, Arapoanga, Paranoá e Itapoã, além de Luziânia e Valparaíso, em Goiás.
Como funciona o método Wolbachia
A Wolbachia é uma bactéria natural e segura para humanos e o meio ambiente. Ela impede que o mosquito transmita os vírus da dengue, zika e chikungunya.
O método consiste em liberar os wolbitos — tanto machos quanto fêmeas — na natureza para que se reproduzam com os mosquitos selvagens. Quando os wolbitos com a bactéria Wolbachia se acasalam com mosquitos sem a bactéria, a prole já nasce com a Wolbachia, tornando-se incapaz de transmitir as doenças. Quando um macho com Wolbachia acasala com uma fêmea selvagem, os ovos não dão origem a novos mosquitos.
Segundo Anderson Leocadio, chefe do Núcleo de Controle Químico e Biológico da SES-DF, a operação foi cuidadosamente planejada para garantir uma cobertura total nas áreas. “É uma ferramenta inovadora de proteção à população”, explicou.
Monitoramento e bons resultados
O método já mostrou resultados positivos em outras cidades, como Niterói (RJ), onde a incidência de dengue foi reduzida em mais de 80%. No DF, após a fase de soltura, a SES-DF fará o monitoramento e a análise epidemiológica para avaliar os resultados.
É importante ressaltar que a liberação dos wolbitos é um método complementar. A população deve continuar com as medidas tradicionais de combate às arboviroses, como eliminar água parada, usar repelentes e manter os quintais limpos.

