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Brasil

Mutirões de saúde ocular iluminam a vida de pessoas em situação de rua

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© Tony Winston/Agência Saúde-DF

Uma iniciativa verdadeiramente inspiradora está levando dignidade e saúde visual a quem mais precisa. Pelo menos seis mutirões de saúde ocular vão atender pessoas em situação de rua em diversas regiões do Brasil até dezembro deste ano. Essas ações, fruto de uma parceria notável entre o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), demonstram um compromisso admirável com a inclusão social e o direito fundamental à saúde.

Os mutirões estão previstos para acontecer em estados como Acre, Bahia, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins, alcançando localidades onde o acesso a cuidados oftalmológicos é frequentemente um desafio. O CBO, por meio de um acordo firmado com o CNJ, integrou a oferta de cuidados oftalmológicos ao rol de serviços essenciais do Programa Pop Rua Jud. A estimativa é ambiciosa e cheia de esperança: mais de 1.200 pacientes devem passar por consultas com médicos oftalmologistas ao longo do período dos mutirões, um verdadeiro farol de luz para muitos.

O cronograma já está em andamento, com ações confirmadas para 13 de junho em Boa Vista, 10 e 11 de julho em Salvador, 26 a 28 de agosto no Rio de Janeiro, e em agosto, em Palmas (data a ser definida). Outros locais, como o Acre e um município no interior do Tocantins, terão suas datas anunciadas em breve, expandindo ainda mais o alcance dessa nobre causa.

Vale ressaltar que, mesmo antes da formalização dessa parceria, o CBO já havia realizado quatro mutirões de atendimento em saúde ocular este ano, mostrando um compromisso contínuo e proativo. Em uma das ações mais recentes, com o apoio crucial da Justiça Federal de Alagoas e da Comissão de População de Rua, 190 pessoas receberam atendimento oftalmológico de alta qualidade. O impacto é tangível: “No começo desta semana, 137 receberam os óculos, conforme prescrição feita pelo médico oftalmologista durante a consulta. O número representa 72% dos atendimentos”, destacou o CBO, celebrando a entrega de um bem tão essencial. Além disso, 11 pessoas atendidas foram cuidadosamente encaminhadas para tratamentos mais complexos, garantindo a continuidade do cuidado.

O protocolo de atendimento é exemplar e pensado para a eficácia: pacientes são avaliados por médicos oftalmologistas e realizam exames específicos. Se o problema for de refração, óculos de grau são fornecidos a custo zero, removendo uma barreira financeira significativa. E o que é ainda mais vital: se a doença exigir acompanhamento ou procedimentos complexos, os pacientes são encaminhados para atendimento em ambulatórios do Sistema Único de Saúde (SUS).

Essa abordagem integrada é elogiável. “Dessa forma, pacientes diagnosticados — ou com suspeita — de condições oculares como glaucoma e retinopatia diabética, doenças altamente prevalentes e de evolução silenciosa, terão a oportunidade de iniciar o acompanhamento adequado por meio do encaminhamento aos serviços especializados de oftalmologia locais”, destacou o Conselho, enfatizando que “essa medida é fundamental para evitar a progressão para deficiência visual grave ou mesmo a cegueira nesses casos”.

A dedicação do CBO e do CNJ, juntamente com todos os organizadores e voluntários envolvidos nesses mutirões, é um verdadeiro testamento de humanidade e eficiência. Eles não apenas oferecem serviços de saúde, mas abrem um novo horizonte de possibilidades para aqueles que vivem em situação de rua, garantindo que o direito à visão e à saúde seja uma realidade para todos.

Fonte em Foco. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, assessorias de imprensa e colaboradores