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Dose única

Sabia que a febre amarela pode ser prevenida com vacina? Vacine-se

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Foto/Imagem: Arquivo/AVB


A febre amarela é uma doença viral que há algum tempo voltou a ser notícia no Brasil e ainda preocupa as autoridades. Em 2017, ocorreu um novo surto da doença no leste de Minas Gerais com diversas mortes. No Distrito Federal, a situação está sob controle e a cobertura vacinal da população tem sido essencial para manter a doença longe da população.

No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão dá-se pelo mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). Há ainda o Aedes albopictus que apresenta ampla valência ecológica, adaptando-se aos ambientes rurais, periurbanos e urbanos. Essa característica lhe confere destaque pela possibilidade de fazer a ponte entre os ciclos silvestre e urbano de transmissão.

O vírus da febre amarela é transmitido pela picada dos mosquitos infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Por isso, é importante manter a vacina em dia, principalmente as pessoas que mantêm contato direto com regiões de mata, ecoturismo entre outras atividades em que a pessoa fica exposta na zona rural.

O Distrito Federal não tem casos confirmados da doença, mas em outros estados do Brasil há registro da doença tanto em locais urbanos quanto em regiões rurais. No país já é admitida a presença dos dois ciclos de transmissão. Por isso ela ainda tem grande importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo Aedes.

Membro da gerência de Vigilância das Doenças Transmissíveis (GVDT), Fabiano Martins destaca que a doença continua exigindo uma vigilância permanente pelo quadro clínico grave que apresenta. Como recorrentemente não chega a dar sintomas nas pessoas, o paciente não é tratado de maneira precoce, podendo ter hemorragia e chegar a óbito. O profissional alerta para os deslocamentos para áreas endêmicas e propensas à transmissão.

“A doença tem um potencial muito grande de transmissão em área urbana por conta do Aedes aegypti. A vigilância é essencial para evitar essa proliferação que pode acontecer de maneira muito rápida. Por isso, a pessoa não vacinada, independentemente da idade ou sexo, que se exponha em áreas de risco pode ser contaminada e morrer. Viajar para lugares de mata onde há registro de casos e não estar com a vacina em dia é se expor ao risco de contaminação com a doença”, alerta.

Em viagens internacionais, o cidadão pode ser barrado por não ter a comprovação da vacina, bem como correr o risco em países endêmicos como o Brasil.

Primatas

A Vigilância Ambiental trabalha no controle do ambiente e mapeamento de macacos que aparecem mortos. Rodrigo Menna, gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses, explica que a população deve contribuir informando a gerência sempre ao encontrar macacos mortos para que os animais sejam recolhidos e feita a autópsia.

“Esse animal não pode ser descartado, jogado no lixo ou enterrado. É preciso a investigação de sua morte, pois é o principal hospedeiro da doença no meio ambiente. Também reforçamos o alerta sobre os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Não podemos mais permitir que ele nasça, deixando depósitos de água para o seu desenvolvimento”, afirmou Rodrigo.

O Distrito Federal, no último boletim do Ministério da Saúde sobre monitoramento de mortes de macacos, recolheu 69 macacos mortos para análise, sem a confirmação de caso positivo para a febre amarela. Caso a população encontre macacos mortos, deve comunicar pelo telefone (61) 99269-3673 ou pelo e-mail zoonosesdf@gmail.com.

Sintomas e prevenção

Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou eles são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.

A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as salas de vacina do DF. Assim como as demais vacinas do calendário nacional de imunização, a que previne contra a febre amarela está com baixa cobertura em 2020. Até o momento, a cobertura vacinal é de 62,9%, número abaixo do registrado em 2019, quando atingiu-se 90,5% e a meta preconizada foi alcançada.

Casos

De acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde na sexta-feira (28), o Distrito Federal não registrou casos da doença em 2019 e 2020. Este ano, foram notificados 16 casos suspeitos de residentes e não residentes do DF. Porém nenhum foi positivo para a doença. No entanto, em 2018, o DF teve dois casos confirmados. Por isso, a vacinação é a única proteção.

Nas duas últimas décadas, diversas reemergências do vírus foram registradas. A última, iniciada em 2014 apresenta efeitos até o presente e resultou nos maiores surtos de febre amarela silvestre da história do país, desde que esse ciclo foi descrito na década de 1930, alcançando a área de domínio de Mata Atlântica, onde as populações não estavam imunizadas.

No século XXI, além da área endêmica, casos humanos e/ou epizootias em primatas não humanos foram registrados em todos os estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além da Bahia, caracterizando a expansão recorrente da área de circulação viral nos sentidos Leste e Sul do país. Isso afetou áreas antes consideradas indenes, onde o vírus não era registrado há décadas, o que gerou profundos impactos à saúde pública e à biodiversidade.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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