Os 18 restaurantes comunitários do Distrito Federal ultrapassaram a marca de 17 milhões de refeições servidas em 2025, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). O número representa cerca de 3 milhões a mais do que o registrado no ano passado, resultado direto da ampliação do atendimento e das melhorias estruturais realizadas nas unidades.
Atualmente, 15 dos 18 restaurantes já oferecem três refeições diárias — café da manhã, almoço e jantar — com preços simbólicos: R$ 0,50 no café, R$ 1 no almoço e R$ 0,50 no jantar. Além disso, parte das unidades passou a funcionar também aos domingos e feriados, o que elevou significativamente a capacidade de atendimento.
Melhorias estruturais ampliam o alcance
De acordo com a Sedes-DF, unidades como Gama, Riacho Fundo II, Santa Maria e Samambaia receberam manutenções preventivas, permitindo a ampliação do serviço diário. Já os restaurantes de São Sebastião, Paranoá e Planaltina, que operavam com estruturas mais antigas, passaram por modernização completa. A unidade de Samambaia Expansão também foi contemplada com adequações.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, as mudanças tiveram impacto direto na vida da população mais vulnerável. Ela destaca que, em muitos casos, os restaurantes comunitários são a única fonte regular de alimentação para centenas de famílias no DF.
Planejamento prevê ampliação em 2026
A previsão do governo é de que o número de refeições aumente ainda mais em 2026. O planejamento inclui a implementação do jantar e o atendimento aos domingos e feriados nas unidades de Ceilândia, Estrutural e Sol Nascente. Além disso, os restaurantes que já funcionam com três refeições diárias devem passar por novas manutenções para renovar a estrutura e ampliar a oferta.
Para Ana Paula Marra, o resultado reflete uma política pública focada no enfrentamento da fome. Ela lembra que o DF conquistou o primeiro lugar no Selo Betinho, reconhecimento nacional voltado a iniciativas de segurança alimentar. Em relatos colhidos durante visitas às unidades, usuários afirmam que o custo de um único almoço fora do programa equivale a mais de uma semana de alimentação completa nos restaurantes comunitários.

