Milhares de pessoas participaram nesta manhã de domingo (7) de um ato organizado por movimentos sociais e centrais sindicais na Praça da República, em São Paulo, em defesa da soberania nacional e de pautas trabalhistas. A mobilização também ocupou vias próximas e foi marcada por bandeiras e faixas que pediam, entre outras medidas, o fim da escala 6×1, a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil e a taxação progressiva sobre os mais ricos.
Os organizadores se posicionaram contra a anistia a envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 e críticas a intervenções externas, como o chamado tarifaço do governo Donald Trump.
Discursos e lideranças
Gilmar Mauro, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), destacou a perseverança dos movimentos sociais:
“Enfrentamos governos de direita e nos mantivemos firmes; superamos uma pandemia e um governo neofascista, perseverando em nossos princípios. Aqui estamos, na Praça da República, com altivez, para afirmar que não prevalecerão sobre nós.”
O deputado estadual Antônio Donato (PT) reforçou o posicionamento contra a anistia:
“Estamos ocupando ruas e redes para combater o ataque à nossa soberania e defender a democracia. Um novo golpe está sendo tramado, que é a anistia. O povo não quer anistia, e estamos mostrando isso aqui hoje.”
O dirigente da Força Sindical, Miguel Torres, acrescentou:
“Reunimo-nos nas ruas para reafirmar a luta contra a invasão de nosso território, a interferência estrangeira em nossa soberania, a impunidade e qualquer projeto de anistia em curso.”
Defesa da democracia e presença histórica
Ricardo Bonfim, coordenador-geral da Central de Movimentos Populares, afirmou:
“Não há democracia sem soberania. E não há democracia se for aprovada anistia. Neste 7 de setembro, felizmente estamos numa democracia que permite tanto a nós quanto à extrema direita se manifestar.”
A mobilização reuniu militantes de todos os partidos de esquerda, dos mais tradicionais às novas agremiações. Entre eles, Malvina Joana de Lima, pedagoga aposentada e militante petista há 44 anos, ressaltou sua experiência em defesa da democracia:
“Lutamos e resistimos pela nossa pátria. O Brasil é nosso, e não cabe aos de fora, ao Trump, mandar aqui.”
O ato ocorre na manhã do 7 de Setembro, com a expectativa de outro ato bolsonarista previsto para a tarde na Avenida Paulista.

