O IV Festival de Cultura e Lazer do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), reuniu mais de 50 adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. O evento, realizado nesta terça-feira (14) no Espaço Cultural Renato Russo, celebrou a cultura, o esporte e o lazer como ferramentas de transformação social.
O tema escolhido para esta edição foi “Populário Brasileiro”, conceito que remete ao folclore, aos saberes e às tradições que pertencem ao povo. A escolha foi participativa, sendo sugerida por 23% dos participantes da edição anterior, refletindo o desejo de valorizar a identidade cultural do país.
Expressão e Protagonismo Jovem
O festival proporcionou um dia de apresentações culturais, com adolescentes vinculados à medida de internação se apresentando pela manhã, e jovens em meio aberto e semiliberdade à tarde. As produções artísticas refletiram o olhar dos jovens sobre suas raízes, vivência e identidade cultural.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou o papel transformador da arte:
“Acreditamos que a cultura é um caminho potente de transformação. Quando proporcionamos espaços de escuta, expressão e protagonismo, contribuímos para resgatar a autoestima e abrir novas possibilidades de vida para esses adolescentes.”
O subsecretário do Sistema Socioeducativo, Daniel Fernandes, reforçou que o festival é a vitrine do trabalho contínuo realizado com os jovens ao longo do ano: “Esses jovens têm talento, têm voz e têm história. O festival é um reflexo do esforço diário de nossas equipes em promover desenvolvimento humano por meio da educação e da arte.”
Exposição de Artes Visuais
Além das performances, o festival marcou a abertura de uma exposição de obras plásticas e manualidades, produzidas pelos jovens em oficinas ao longo do ano. As obras podem ser visitadas no hall e na Galeria Parangolé do Espaço Cultural Renato Russo até o dia 19 de outubro.
A iniciativa está alinhada aos princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e às diretrizes do Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), estimulando o protagonismo juvenil e a ressignificação de trajetórias por meio da arte.

