O III Plano de Educação Alimentar e Nutricional da Sedes-DF (2025–2027) foi lançado com a meta de fortalecer as ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no Distrito Federal e integrar, de forma mais robusta, as políticas de segurança alimentar e assistência social. O documento foi apresentado durante a oficina Conexão EAN, realizada na segunda-feira (17), e destaca o compromisso da secretaria em capacitar servidores para aplicar o tema no trabalho e também na vida pessoal.
Capacitação de servidores e foco na desigualdade
A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, afirma que o plano funciona como instrumento estratégico para promover hábitos alimentares mais saudáveis e reduzir desigualdades. Segundo ela, a nova edição reforça a necessidade de sensibilizar servidores para que atuem como multiplicadores de informação. “Além de cuidarem melhor da saúde, poderão disseminar conhecimento de qualidade”, ressaltou.
A oficina foi organizada pelo Comitê Gestor Permanente de Educação Alimentar e Nutricional da Sedes e teve como objetivo aprimorar o entendimento dos profissionais sobre o tema, preparando-os para implementar diretrizes e ações previstas no plano.
EAN como resposta à insegurança alimentar
Para a presidente do comitê, Carolina Suaid, pensar em EAN de forma articulada com segurança alimentar e assistência social é essencial, sobretudo nas unidades que lidam diretamente com famílias em situação de vulnerabilidade, como Cras e Creas. “A fome e a insegurança estão nos territórios. Este plano orienta e cria estratégias para enfrentar essa realidade”, explicou.
Inovação reconhecida por especialistas
A palestrante Milena Serenini, especialista em políticas públicas do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), destacou que o DF já está no terceiro plano específico para essa agenda, algo que ela classificou como inovação. Para Milena, metas claras e monitoramento estruturado garantem ações mais organizadas e focadas, respeitando as diferenças entre os territórios do DF.
Segundo a palestrante, a oficina abordou desde conceitos básicos sobre o direito à alimentação até princípios presentes no Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional do governo federal, usado para orientar práticas em diversas políticas públicas. Ela reforçou que ações de EAN devem ocorrer de forma intersetorial e multidisciplinar, envolvendo todos os profissionais que atuam na rede.

