O BRB – Banco de Brasília S.A. comunicou ao mercado que avançou para a fase de investigação independente sobre fatos citados na Operação Compliance Zero, investigação que, segundo autoridades, apura possíveis irregularidades envolvendo práticas de integridade em diferentes frentes do setor público e privado. O banco afirma que a apuração interna tem o objetivo de esclarecer eventuais impactos sobre a instituição.
O processo será conduzido pelo escritório Machado Meyer Advogados, que trabalhará com suporte técnico da consultoria internacional Kroll, especializada em auditoria forense e investigações corporativas. As duas instituições atuarão exclusivamente para um Comitê Independente de Investigação, criado em 28 de novembro de 2025, por meio da Portaria Presi nº 2025/016.
Comitê atua sem vínculos com gestões avaliadas
O BRB destacou que o comitê é formado por executivos que não exerciam qualquer função no banco durante o período analisado, condição que visa garantir independência e afastar conflitos de interesse. Esse tipo de estrutura costuma ser exigido em grandes investigações corporativas, sobretudo em companhias sujeitas à supervisão constante de órgãos reguladores.
Governança e sigilo
O banco informou ainda que manterá o mercado e seus acionistas atualizados sobre avanços relevantes da apuração, seguindo estritamente a Resolução CVM nº 44/2021, a legislação aplicável e sua própria política interna de divulgação. A instituição ressaltou, contudo, que informações protegidas por sigilo — por envolverem dados sensíveis ou etapas confidenciais da investigação — permanecerão restritas para preservar a integridade dos trabalhos.
A contratação de auditoria externa e a formação de um comitê independente costumam ser interpretadas como medidas de reforço de governança, especialmente quando há investigações que podem afetar a credibilidade da companhia. No caso do BRB, as etapas agora iniciadas miram blindar a instituição e demonstrar cooperação institucional enquanto as apurações avançam.

