A partir deste sábado (4), o Banco Central (BC) começa a bloquear chaves Pix usadas em golpes e fraudes. A medida será aplicada com base nas informações enviadas pelas instituições financeiras participantes do sistema.
Segundo o BC, o objetivo é reforçar a segurança e reduzir os casos de uso indevido do Pix. O anúncio foi feito durante a última reunião do Fórum Pix, comitê consultivo que reúne cerca de 300 representantes do sistema financeiro e da sociedade civil e que auxilia na definição das regras do sistema de pagamentos instantâneos.
A iniciativa soma-se a uma série de medidas recentes para coibir fraudes financeiras. No início de setembro, o Banco Central limitou a R$ 15 mil as transferências via Pix e TED destinadas a instituições de pagamento não autorizadas pela autarquia, após investigações da Polícia Federal que identificaram mais de R$ 50 bilhões em movimentações suspeitas em operações como Carbono Oculto, Quasar e Tank.
Em outra frente, o BC determinou que os bancos e fintechs recusem transações para contas suspeitas de envolvimento com golpes. As instituições têm até 13 de outubro para implementar o bloqueio automático e informar ao cliente sobre o motivo da recusa.
Desde quarta-feira (1º), os aplicativos bancários também devem disponibilizar o botão de contestação do Pix, que permite às vítimas solicitar devolução de valores de forma 100% digital, por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED).
Com o novo bloqueio de chaves, o Banco Central espera dificultar a atuação de quadrilhas e aumentar a confiança dos usuários no sistema de transferências instantâneas — que hoje é o meio de pagamento mais usado no país.

