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Brasil reduz mortalidade por hepatites, mostra boletim

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Foto/Imagem: © Valter Campanato/Agência Brasil
Reporter: Jeferson Nunes

O Brasil conseguiu uma redução significativa na mortalidade por hepatites virais na última década, impulsionada pelo avanço da vacinação. Dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, lançado nesta terça-feira (8) pelo Ministério da Saúde, revelam um panorama positivo que integra as ações do Julho Amarelo, mês de conscientização sobre a doença.

Entre 2014 e 2024, o coeficiente de mortalidade por hepatite B caiu 50%, passando de 0,2 para 0,1 óbito por grupo de 100 mil habitantes. A redução foi ainda mais expressiva para a hepatite C, com queda de 60% no mesmo período, de uma para 0,4 morte por 100 mil habitantes em 2024.

 

Meta da OMS e cobertura vacinal

O país está no caminho para cumprir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de reduzir os óbitos por hepatites virais em 65% e a incidência em 90% até 2030. “Em 2025, nós já estamos atingindo 60%, isso nos coloca realmente, de fato, no caminho para eliminar essas doenças como problema de saúde pública, dentro desse prazo, até 2030”, destacou Mario Gonzales, coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, agradeceu o trabalho dos profissionais de saúde e celebrou a melhora na cobertura vacinal contra hepatite B em crianças e recém-nascidos. “Saímos de 82,7% em 2022, voltamos para 94,19% em 2023 e agora nossa missão é só crescer cada vez mais”, afirmou o ministro. Padilha também ressaltou o desenvolvimento de sistemas de dados que permitem ao Brasil monitorar e expandir a oferta de vacinas.

 

Nova plataforma e campanha de conscientização

Para fortalecer o combate às hepatites, o Ministério da Saúde lançou uma plataforma inédita de monitoramento e apoio à busca ativa e ao cuidado da população. Segundo Mario Gonzales, a ferramenta ajudará estados e municípios a identificar as principais lacunas na eliminação das hepatites virais no país.

Alex Rosewell, coordenador de Emergências, Evidência e Inteligência em Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, elogiou a consistência do Ministério da Saúde na condução da eliminação das hepatites, alinhada às metas do Programa Brasil Saudável do SUS. “Gostaria parabenizar o Ministério da Saúde e do SUS pelos avanços impressionantes na redução da transmissão e mortalidade que acabamos de ver na apresentação”, ressaltou.

Como parte das ações do Julho Amarelo, também foi lançada a campanha publicitária “Um Teste Pode Mudar Tudo”, reforçando a importância da testagem, vacinação e tratamento da doença.

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Anvisa suspende vendas de azeite, molho e polpa de fruta

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Foto/Imagem: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de três marcas. A decisão veio após laudos de laboratórios públicos apontarem resultados insatisfatórios. Além disso, um azeite extravirgem de origem desconhecida foi apreendido e teve sua venda totalmente suspensa. As medidas sanitárias foram publicadas na segunda-feira (7) no Diário Oficial da União (DOU).

 

Produtos afetados e motivos do recolhimento

  • Polpa de Morango De Marchi: O lote 09437-181 (validade até 01/11/2026) foi recolhido devido a um resultado inconsistente na pesquisa de matérias estranhas, conforme laudo do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC).
  • Champignon Inteiro em Conserva Imperador: O lote 241023CHI (validade 10/2026), fabricado pela Indústria e Comércio Nobre, foi recolhido. O motivo foi a quantidade de dióxido de enxofre acima do limite permitido, atestado pelo Lacen-DF.
  • Molho de Alho Qualitá: O lote 29 (validade 01/2026), produzido pela Sakura Nakaya Alimentos, também teve seu recolhimento ordenado. O laudo do Lacen-DF indicou dióxido de enxofre acima do limite permitido.

 

Azeite Extravirgem Vale dos Vinhedos proibido

A medida mais drástica da Anvisa foi aplicada ao azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos. A agência determinou a apreensão total e a proibição completa de sua comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso.

Segundo a Anvisa, o produto possui origem desconhecida e apresentou resultados insatisfatórios em ensaios de rotulagem e físico-químicos, descumprindo a legislação vigente. A empresa responsável pelo azeite, Intralogística Distribuidora Concept, está com o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso por inconsistências nos registros da Receita Federal.

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Professor Transforma PECs do DF em Academias Eficientes

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Foto/Imagem: Afonso Ventania

Os tradicionais Pontos de Encontro Comunitário (PECs) no Distrito Federal estão ganhando uma nova vida. Graças ao trabalho inovador da professora de Educação Física Daniela Nicareta, o que era visto como um simples espaço de ginástica ao ar livre, muitas vezes voltado apenas para idosos, agora se tornou um cenário para treinos eficientes, seguros e acessíveis, com orientação profissional.

Os PECs são conhecidos por oferecer aparelhos de ginástica ao ar livre para a comunidade, promovendo um estilo de vida saudável e inclusão. Os equipamentos incluem multiexercitadores, simuladores de cavalgada, leg press, e barras com rotação, entre outros.

 

Do preconceito à viralização nas redes sociais

Daniela, atenta ao potencial desses aparelhos públicos, desenvolveu um método de exercícios específico para os PECs, focado em melhorar o desempenho físico e prevenir lesões. Seus vídeos com orientações sobre o uso correto dos aparelhos viralizaram nas redes sociais, ajudando usuários no DF e em outros estados a aproveitarem melhor os equipamentos.

“Eu mesma tinha preconceito com esses aparelhos”, admite Daniela. “Achava que não davam resultado por não usarem carga. Mas quando comecei a estudar o funcionamento deles e a aplicar técnicas como movimentos unilaterais e controle de velocidade, entre outras, vi que era possível evoluir, sim”, explica.

A iniciativa surgiu a convite de Vera Coradin, prefeita comunitária da 115 Norte, que buscou apoio para instalar uma academia comunitária em sua quadra. A preocupação com o uso incorreto dos equipamentos levou Vera a convidar Daniela para orientar os frequentadores. A educadora não só passou a dar aulas, como também criou um protocolo específico de treinamento para os PECs. “Eu mesma senti mais resultado depois que comecei a treinar com ela”, conta Vera.

 

Exercício consciente e qualidade de vida

Daniela explica que o diferencial está na adaptação do treino. “Mesmo sem pesos, podemos aumentar a dificuldade com ajustes na técnica. Além disso, comecei a gravar vídeos para ajudar quem não tem orientação e publicá-los na internet. E foi aí que tudo tomou outra proporção”, relata.

A iniciativa de Daniela transformou a percepção dos PECs, que agora recebem pessoas de todas as idades e gêneros. Ela alerta sobre o uso incorreto dos aparelhos. “Muitas vezes, pela falta de informação, algumas pessoas inventam exercícios”, diz. O objetivo é conscientizar sobre a forma correta de exercitar-se para obter resultados e cuidar da saúde.

Para a professora, o PEC pode ser o início de uma vida ativa e saudável, especialmente para comunidades sem acesso fácil a academias convencionais. “No começo, eu oriento os meus alunos a fazerem sem carga para aprender a realizar o movimento e entender como é a utilização correta de cada equipamento. Depois, podemos usar caneleiras com pesos para trazer mais carga para o aparelho.”

“Não existe lugar adequado para se malhar, existe o treinamento adequado a se fazer”, ensina Daniela. Ela celebra que, após a repercussão de seus vídeos, as pessoas estão se informando mais e obtendo melhores resultados, livres de lesões.

Maria de Lourdes Rezende, moradora da Asa Norte, atesta os benefícios. “Minha saúde melhorou muito, tanto no corpo quanto na mente. Venho todos os dias e recomendo demais. A academia comunitária virou minha terapia”, relata.

A satisfação de Daniela vem de democratizar o conhecimento e permitir que mais pessoas treinem com segurança. “Se tem equipamento, tem saúde. Basta usar do jeito certo”, conclui.

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