O Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE) abre nesta terça-feira (2) a exposição Bloco do Prazer, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza. A mostra é gratuita e pretende provocar o público a enxergar a festa como linguagem artística, expressão política e afirmação de identidades coletivas.
Segundo os organizadores, a proposta é aproximar o museu das práticas culturais que moldam o cotidiano nordestino. A secretária da Cultura do Ceará, Luisa Cela, afirma que a iniciativa convida o visitante a perceber as festas como potência criativa. Ela destaca que a exposição busca ecoar, dentro do museu, ritmos e tradições que já ocupam as ruas e constroem a memória popular.
A realização do Bloco do Prazer envolve uma parceria entre o Ministério da Cultura, o Instituto Dragão do Mar, o Museu de Arte do Rio e conta com patrocínio da Petrobras e da Secult Ceará.
Com um acervo de 250 obras, a mostra reúne diferentes períodos, linguagens e artistas. Entre elas, 14 produções recentes comissionadas para esta edição, que exploram temas como corpo, som, movimento e ocupação das ruas. O público encontrará pinturas, fotografias, objetos, documentos históricos, instalações e registros de rituais e festas populares.
Participam cerca de 50 artistas do Nordeste, sendo 30 do Ceará e os demais de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia. Entre os nomes confirmados estão Zé Tarcísio, Luiz Hermano, Charles Lessa, Heloísa Juaçaba, Mestre Chico Emília, Nicolas Gondim, Blecaute e Estrigas.
A superintendente do Centro Dragão do Mar, Camila Rodrigues, afirma que a exposição marca um novo momento para o MAC-CE. Ela explica que a iniciativa amplia o acesso, diversifica o público visitante e aproxima a arte contemporânea das vivências cotidianas do povo cearense.
A mostra segue em cartaz no equipamento cultural em Fortaleza, estimulando o diálogo entre museu, território e comunidade.

