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Brasil

Lula reafirma soberania Brasileira e critica ataques ao STF

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© Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a soberania do Brasil, afirmando que “o dono do país chama-se povo brasileiro”. A declaração, feita em Juazeiro, na Bahia, é uma resposta direta às recentes imposições de tarifas e aos ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, Lula já havia deixado claro que o Brasil está disposto a negociar com os EUA, mas jamais aceitará imposições. O presidente fez menção às declarações de Trump de que poderia rever a taxação de 50% sobre produtos brasileiros se o país adotasse medidas contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF. Lula reiterou a independência do Judiciário brasileiro.

 

“Ninguém é melhor do que ninguém”

Em seu discurso na Bahia, Lula reforçou a autonomia da justiça brasileira. “O Trump manda uma carta para mim desaforada dizendo que, se não soltar o Bolsonaro e não parar de perseguir ele, vai taxar o Brasil em 50%. Veja que coisa absurda! Primeiro, que quem vai julgar o Bolsonaro não é o presidente da República, nem o governador da Bahia, mas a suprema corte do país”, afirmou. “Seu Bolsonaro vai ser julgado e, se for condenado, o lugar dele é no xilindró. Nesse país a lei vale para todo mundo, ninguém é melhor do que ninguém”, completou.

O presidente também informou que está em reunião com empresários de diversos setores para avaliar o cenário e definir as medidas necessárias para proteger a economia brasileira. “Estamos juntando os empresários e, quando chegar dia primeiro de agosto, vamos dar uma resposta. Porque no dia 16 de maio mandamos uma carta para o governo americano e até agora não tivemos respostas a não ser essa carta desaforada”, concluiu.

 

Economia em crescimento e investimentos na saúde

Lula aproveitou a ocasião para destacar os resultados econômicos positivos desde o início de seu mandato. “Vocês estão lembrados que diziam que a nossa economia não ia crescer em 2023, que ia crescer 0,8% e cresceu 3,2%. Em 2024, diziam que ela ia crescer só 1,5% e ela cresceu 3,4%. Esse ano e no próximo ano a economia vai crescer outra vez e o salário mínimo vai aumentar todo ano, porque quando o PIB cresce o dinheiro tem que ser dividido entre o pobre e o trabalhador”, argumentou.

As afirmações foram feitas durante uma cerimônia para entrega de equipamentos de saúde em Juazeiro, onde o governo anunciou investimentos de R$ 6 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Seleções). Os recursos atenderão demandas de 90% dos municípios do país.

Na Bahia, Lula entregou Unidades Odontológicas Móveis (UOMs) para cinco municípios (Curaçá, Sento Sé, Uauá, Chorrochó e Macururé) e anunciou a construção de três policlínicas no estado. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, prometeu honrar o investimento federal na saúde.

A previsão do governo é ofertar 18,9 mil equipamentos ou veículos, além da construção de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Ao todo, 11.904 propostas de oito modalidades foram selecionadas, incluindo:

  • 800 UBS (R$ 1,78 bilhão)
  • 10 mil combos de equipamentos para UBS (R$ 1,58 bilhão)
  • 46 policlínicas (R$ 1,38 bilhão)
  • 400 UOMs (R$ 152 milhões)
  • 7 mil kits de telessaúde para UBS (R$ 49 milhões)
  • 635 ambulâncias para ampliação de frota (R$ 352 milhões)
  • 898 ambulâncias para renovação de frota (R$ 366 milhões)
  • 130 Centros de Atendimento Psicossocial (CAPs) (R$ 324 milhões)

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez um apelo aos prefeitos para que entrem em contato com a pasta caso tenham pendências para destravar os recursos do PAC e iniciar as obras.

Durante a cerimônia, Lula também assinou um projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade de cirurgia plástica reparadora da mama na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e em planos de saúde, nos casos de mutilações decorrentes do tratamento de câncer. O texto será encaminhado ao Congresso Nacional.

Fonte em Foco. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, assessorias de imprensa e colaboradores