A Marinha do Brasil oficializou, nesta quarta-feira (4), a expulsão do suboficial da reserva Marco Antônio Braga Caldas, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de prisão por participação direta nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Trata-se do primeiro militar expulso das Forças Armadas em decorrência da tentativa de ruptura democrática liderada por extremistas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
A disciplina venceu o delírio
A decisão veio após deliberação de um Conselho de Disciplina da Marinha, responsável por analisar desvios de conduta de militares, inclusive os da reserva. O veredito foi claro: “exclusão a bem da disciplina“, reafirmando que não há espaço para cúmplices de atos antidemocráticos nas instituições que juram defender a Constituição.
Mesmo na reserva, o suboficial representava o corpo militar, e sua condenação por crimes contra a democracia comprometeu irremediavelmente a honra e a disciplina esperadas da função.
Prisão especial sob risco
Caldas está atualmente preso em um quartel da Marinha, mas, com a expulsão, perde o direito à prisão especial, normalmente garantido a militares. O STF determinou a execução da pena em dezembro de 2024, com base em provas robustas de sua atuação nos atos criminosos.
Um recado claro aos que atacam a democracia
A expulsão do suboficial representa mais do que uma punição individual: é um recado firme das instituições contra qualquer tentativa de golpe travestido de manifestação. Ao agir com rigor, a Marinha reafirma seu compromisso com o Estado democrático de direito, onde não há espaço para a nostalgia autoritária de quem prefere a força à urna.
Justiça sendo feita, passo a passo
Enquanto outros envolvidos aguardam julgamento, a exclusão de Caldas marca um importante avanço na responsabilização daqueles que tentaram subverter a vontade popular por meio da violência e do caos.
A democracia resistiu — e agora cobra a conta de seus agressores.