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Estresse

Síndrome do Coração Partido é motivo de alerta para a população

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Síndrome do Coração Partido
Foto/Imagem: Freepik
Ana Lúcia Ferreira

Dor no peito, falta de ar ou cansaço, tontura e náuseas podem ser sinais de um problema cardíaco que vai além do infarto. A Síndrome do Coração Partido, também conhecida de Cardiomiopatia de Takotsuba ou ainda, Cardiomiopatia Induzida por Estresse, tem como principal característica disfunção súbita transitória do ventrículo esquerdo. Apesar dos sintomas serem iguais aos do infarto agudo do miocárdio, a causa da patologia é o estresse emocional, bastante presente nos dias atuais.

De acordo com a cirurgiã cardiovascular do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Maria Cristina Rezende, a síndrome é rara e mais recorrente em mulheres com idade superior a 40 anos, mas pode surgir em qualquer idade, afetando também os homens.

“Costuma aparecer em períodos de estresse emocional intenso, como um processo de separação, após o falecimento de um familiar, o diagnóstico inesperado de uma doença grave, entre outras situações que afetam o emocional”, explica a profissional.

Recentemente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) anunciou a realização de um estudo inédito no país sobre a síndrome de Takotsubo, com o objetivo de criar um registro nacional sobre a doença e assim, traçar o perfil da síndrome, um melhor diagnóstico e proporcionar tratamentos mais eficazes de prevenção à patologia, além de incentivar políticas públicas sobre o tema. Para Maria Cristina o estudo representa um ganho para os profissionais e também para a população de forma geral, pois evidencia uma atenção especial à saúde cardiovascular devido ao cenário atual.

“A pandemia causada pela Covid-19, por si só, gera grande estresse emocional. É perceptível que, devido ao contexto de toda a situação, tivemos aumento no número de infartos, de crises hipertensivas, de pessoas obesas, de ansiedade e depressão, causadas justamente pela mudança de hábitos de forma repentina”, detalha a cirurgiã cardiovascular.

A Síndrome do Coração Partido normalmente é considerada uma doença de origem psicológica. Porém, estudos hemodinâmicos mostram que, durante a síndrome, os ventrículos do coração não se contraem corretamente, simulando um infarto do miocárdio e resultando numa imagem semelhante a um coração partido.

Para a médica é importante que, após o diagnóstico, o paciente realize um tratamento com uma equipe multidisciplinar, incluindo um cardiologista e um psicólogo, para que o paciente supere o trauma que causa o acúmulo de estresse emocional.

A psicóloga do ICTCor, Marianna Cruz”, explica que a psicoterapia é fundamental, pois promove, além do acolhimento e gestão da crise, um espaço para que a pessoa amplie seu autoconhecimento e desenvolva habilidades para administrar melhor suas emoções.

“O processo pode beneficiar o paciente para seu desenvolvimento pessoal com o fortalecimento de diversos recursos protetores, que pode prevenir manifestações futuras de doenças psicossomáticas.”, pontua.

Algumas características da doença

Principais causas:

  • Morte inesperada de um familiar ou amigo;
  • Ser diagnosticado com uma doença grave;
  • Perder ou ganhar uma grande quantidade de dinheiro;
  • Ser separado da pessoa amada, através de divórcio, por exemplo;
  • Qualquer situação que provoca um aumento da produção de hormônios do estresse no organismo.

Alguns sintomas:

  • Aperto no peito;
  • Dificuldade para respirar;
  • Tonturas e vômitos;
  • Perda de apetite ou dor no estômago;
  • Raiva, tristeza profunda ou depressão;
  • Dificuldade para dormir;
  • Cansaço excessivo.

saúde

Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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saúde

Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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