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MORADIA

Famílias Retornam a Setor de Inflamáveis e Governo Realiza Nova Remoção

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Foto/Imagem: Suzano Almeida
Reporter: Marta Borges

O Governo do Distrito Federal (GDF) realizou nesta segunda-feira (9) uma nova operação de remoção de famílias que haviam retornado ao Setor de Inflamáveis (SIN), no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA). A ação ocorre menos de um mês após a desocupação inicial da área, vizinha a depósitos de combustíveis, que oferece risco iminente de explosões.

As autoridades alertam desde 2021 sobre os perigos do local. Relatórios do próprio Executivo apontam que ligações de energia precárias, estruturas de madeira e a constante incineração de materiais recicláveis próximas a tanques de combustíveis e outros materiais inflamáveis elevam drasticamente o risco de um acidente de grandes proporções. Há ainda a preocupação com disparos de arma de fogo contra estruturas de armazenamento e a proximidade com a linha férrea, onde crianças brincam sem supervisão.

A reocupação levanta um questionamento crítico sobre o planejamento habitacional do GDF, gerando fortes protestos da oposição. O pré-candidato ao Palácio do Buriti, Ricardo Cappelli (PSB), ex-interventor da Segurança Pública do DF, esteve no local e criticou a gestão.

Conversei com as pessoas. Elas topam sair, mas precisam de uma alternativa, porque não têm para onde ir. Estão lá há bastante tempo. Será que não houve planejamento para garantir a elas o direito à moradia?”, questionou Cappelli. Ele também aponta a contradição de o governo considerar a área perigosa, mas autorizar a construção de um novo bairro, o Jóquei, a apenas 700 metros do Setor de Inflamáveis. “É um desrespeito às pessoas que estão sendo jogadas na rua, com crianças e idosos“, declarou.

Cappelli defende uma política habitacional robusta e cobra o destino do orçamento bilionário do DF. “A solução é uma política habitacional. O orçamento do Distrito Federal, deste ano, será de R$ 73 bilhões. Para onde está indo esse dinheiro? Os moradores topam sair”, afirmou. Ele também questiona a inação do GDF contra a grilagem de terras. “É uma covardia deixar o grileiro agir e depois sair derrubando a casa das pessoas. Quem tem dinheiro não arrisca construir em área irregular, mas quem é pobre sim“, concluiu.

A operação de remoção desta segunda-feira, iniciada por volta das 10h, contou com a participação de diversos órgãos governamentais. Segundo um representante dos moradores, cerca de 20 famílias, das mais de 40 removidas em maio, haviam erguido novas edificações precárias. Em um acordo com os agentes do GDF, os próprios moradores retiraram seus pertences e desmontaram as estruturas, com o auxílio de máquinas para o que restou.

A principal justificativa dos moradores para o retorno é a ausência de uma alternativa de moradia prometida pelo governo. Eles alegam que os alojamentos públicos são inadequados e o auxílio-aluguel é insuficiente para os custos de vida no Distrito Federal. “As pessoas não tinham para onde ir. Elas estavam aqui ao relento e os barracos só foram erguidos porque estavam sob chuva e sol, até que fossem levadas para outro lugar“, desabafou uma moradora.

A expectativa era de transferência para a região conhecida como Tamanduá, no Recanto das Emas, ou para São Sebastião, onde já existem moradias do programa Morar Bem – Minha Casa, Minha Vida. No entanto, segundo os moradores, nenhuma das opções foi concretizada.

Em nota, a Secretaria de Proteção à Ordem Urbanística (DF Legal) informou que a operação visava evitar a reocupação da área de risco já desobstruída no mês passado, quando 50 edificações irregulares foram desfeitas. A pasta reiterou que as famílias receberam ofertas de apoio, incluindo aluguel social, abrigo temporário e moradia no Núcleo Rural Tamanduá, e que os órgãos de assistência estavam presentes na operação atual para oferecer benefícios.

infraestrutura

Desligamento temporário da água pela Caesb nas regiões do Lago Norte, Lago Sul e Park Way

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Foto/Imagem: Divulgação/Caesb

Para aprimorar continuamente o sistema de abastecimento de água e garantir um serviço de qualidade, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) informa que realizará o desligamento temporário do fornecimento em alguns locais do Lago Norte, Lago Sul e Park Way nesta terça-feira (17). A medida é fundamental para a execução de serviços de melhoria e manutenção da infraestrutura hídrica.

Confira as áreas e horários afetados:

  • Lago Norte: As regiões abrangidas serão SMLN ML Trecho 7 ao Trecho 13 e SMLN MI Trecho 7 ao Trecho 13. A suspensão do fornecimento está prevista para ocorrer das 8h30 às 19h50.

  • Lago Sul: A interrupção afetará o Aeroporto Internacional de Brasília, o Setor de Hangar, Terminal e Concessionárias do Aeroporto, a Base Aérea Bsb e o Hospital da Força Aérea de Brasília (HFAB). Os serviços serão realizados das 8h30 às 21h.

  • Park Way: As áreas abrangidas são as SMPW quadras 7 a 13. O horário previsto de desligamento também é das 8h30 às 21h.

A Caesb informa que, em algumas regiões, a normalização do fornecimento de água pode ocorrer de forma gradual, a partir do horário programado para o término da manutenção. A companhia ressalta a importância de que os usuários façam a limpeza e desinfecção da instalação predial de água e do reservatório predial antes da ligação definitiva e, posteriormente, realizem a limpeza e desinfecção semestral do reservatório.

É mandatório que toda unidade usuária possua uma reserva de volume mínimo correspondente ao consumo médio diário, conforme o artigo 50 da Resolução da Adasa nº 14, de 27 de outubro de 2011, que estabelece as condições da prestação e utilização dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no Distrito Federal.

A Caesb também faz um apelo à população para que pratique o consumo consciente de água durante a execução dos serviços de manutenção, pois o volume consumido individualmente impacta diretamente o abastecimento coletivo.

Para mais informações ou esclarecimentos, os cidadãos podem acessar o canal público da companhia através do telefone 115. A Caesb reforça seu compromisso com a qualidade do serviço e agradece a compreensão da população diante dessa importante intervenção.

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cidadania

2ª edição do Fazer o Bem Tá na Moda beneficiará mais 200 mulheres em situação de vulnerabilidade

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Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus

Uma iniciativa que costura solidariedade e oportunidades! A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) lançou, nesta terça-feira (17), a aguardada segunda edição da campanha “Fazer o Bem Tá na Moda”. A ação é um exemplo brilhante de como a união de esforços pode gerar transformação real, incentivando o empreendedorismo feminino e a geração de renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Após o sucesso estrondoso de sua primeira edição, que beneficiou 200 mulheres, a campanha retorna com força total para mobilizar a sociedade em prol da reconstrução de vidas. Nesta nova etapa, mais 200 mulheres serão contempladas com doações de roupas, sapatos e acessórios em excelente estado de conservação, promovendo não apenas o acesso a vestuário, mas também o resgate da autoestima e a abertura de novos horizontes.

A proposta envolve um engajamento comunitário inovador: 200 mulheres com estabilidade financeira receberam, durante o evento de lançamento, uma bolsa personalizada da campanha. A missão é clara e inspiradora: preencher essa bolsa com itens de moda em bom estado e devolvê-la até o dia 30 de junho. Todo o material arrecadado será cuidadosamente entregue às mulheres atendidas pelo Instituto Inclusão de Desenvolvimento e Promoção Social, parceiro fundamental nesta ação solidária.

O impacto da campanha vai muito além da simples doação. As mulheres beneficiadas terão a autonomia de utilizar os itens recebidos para uso pessoal, fortalecendo sua imagem e confiança, ou, o que é ainda mais transformador, poderão utilizá-los como um ponto de partida para empreendimentos próprios. Essa estratégia contribui diretamente para o fortalecimento da autonomia econômica e social, capacitando-as para trilhar novos caminhos de independência.

“A campanha mostra que a solidariedade pode ser um instrumento de transformação real. Com um gesto simples, promovemos dignidade, autoestima e oportunidades de recomeço”, destacou a Sejus-DF em nota oficial, reiterando o propósito nobre da iniciativa.

A segunda edição do “Fazer o Bem Tá na Moda” é um testemunho do poder da cooperação e da generosidade, demonstrando que, com a união da comunidade, é possível tecer um futuro mais justo e cheio de oportunidades para mulheres que mais precisam.

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