O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a realização de busca e apreensão contra o pastor Silas Malafaia nesta quarta-feira (20). A medida, cumprida pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, resultou na apreensão do celular do pastor.
A decisão de Moraes, baseada em um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta que Malafaia teria atuado como “orientador e auxiliar” nas ações de coação promovidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Proibido de sair do país
Como parte das medidas cautelares, Malafaia está proibido de se ausentar do país e teve o cancelamento de seus passaportes, que devem ser entregues em até 24 horas. Ele também está impedido de se comunicar com outros investigados na suposta tentativa de golpe de Estado.
A investigação identificou diálogos entre Bolsonaro e Malafaia que, segundo a PF, demonstram “fortes indícios de participação” do pastor na empreitada criminosa. As mensagens indicam que Malafaia teria ajudado a definir estratégias para coagir membros do Poder Judiciário e impedir decisões do STF que pudessem contrariar os interesses do grupo.

