O Dia Nacional do Cerrado, comemorado nesta quinta-feira (11), foi marcado por uma das maiores estiagens da história do Distrito Federal. Há mais de 110 dias sem chuva, a região enfrenta uma combinação de calor extremo e baixa umidade do ar, que acende um alerta para os riscos à saúde da população.
Na última quarta-feira (10), o DF registrou o dia mais quente de 2025, com a temperatura atingindo 34,7 °C e a umidade do ar caindo para 14%. O nível está muito abaixo dos 40% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A previsão é de que as chuvas só retornem em meados de outubro.
Cuidados e impactos na saúde
A pneumologista Bethânia Bertoldi Soares, do IgesDF, recomenda que a população redobre os cuidados. O ar seco pode comprometer as defesas naturais do organismo, facilitando a entrada de vírus e bactérias. Os principais sintomas incluem ressecamento do nariz, garganta e olhos, além do agravamento de crises de rinite, sinusite e asma. Crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis.
Para minimizar os efeitos do clima, a especialista recomenda:
- Beber bastante água
- Usar soro fisiológico no nariz e colírios lubrificantes nos olhos
- Utilizar umidificadores de ar ou toalhas molhadas nos ambientes
- Evitar atividades físicas ao ar livre nos horários de pico de calor
- Usar roupas leves e protetor solar
A médica reforça que a situação “não se trata apenas de desconforto, mas de um problema de saúde pública que exige atenção de toda a sociedade”.

