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Erasmo Tokarski

Entenda os efeitos do tabagismo para a saúde e aparência da pele

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tabagismo
Foto/Imagem: Freepik
Ana Lúcia Ferreira

Não é segredo que o cigarro faz mal para a saúde. Contudo, além dos efeitos nocivos como problemas pulmonares, cardíacos e até mesmo diversos tipos de câncer, o hábito de fumar causa também danos à pele, maior órgão do corpo humano.

Segundo o dermatologista, especialista em pele há mais de 30 anos, Erasmo Tokarski, o fumo pode deixar a pele mais envelhecida e, em pouco tempo, causar diversas outras alterações e problemas, principalmente no rosto, que apresenta uma camada mais fina que as demais áreas.

“Além do envelhecimento precoce, o cigarro pode causar rugas, manchas, opacidade e até mesmo alteração de cor”, ressalta o profissional.

Tokarski explica que o rosto do fumante fica mais propício a apresentar flacidez porque a nicotina destrói e atrapalha diretamente a produção de colágeno e elastina.

“O rosto pode apresentar marcas de expressão como se fossem vincos, linhas nos cantos do olho e ao redor dos lábios, ossos ressaltados, lábios arroxeados e bochechas aprofundadas, entre outros efeitos causados pela repetição do movimento de tragar que, com o tempo, reduz a elasticidade e força da região”, detalha.

Mas diante de tantos problemas na pele originados pelo fumo, é possível recuperar a saúde da região? De acordo com o dermatologista Erasmo Tokarski, em geral, as alterações desencadeadas pelo fumo são irreversíveis, contudo,é possível minimizar esses efeitos incômodos.

O profissional esclarece que, para um bom resultado, além de pôr fim ao hábito de fumar, é preciso buscar tratamentos com profissionais especializados que aliem ativos antioxidantes e hidratantes, a fim de proteger a pele do agente agressor. Além disso, ele registra que o acompanhamento profissional é fundamental pois só o médico será capaz de identificar o que aquela região precisa. O especialista ainda ressalta que a cicatrização em feridas cirúrgicas nos pacientes que fumam é bastante ruim e, por este motivo, o cirurgião plástico e o dermatologista não fazem procedimentos em fumantes, a não ser que o paciente pare de fumar com pelo menos 1 mês de antecedência.

“Atualmente, há bastante opção no mercado, tudo vai depender do objetivo final do paciente. Para atenuar as linhas de expressão, por exemplo, é possível realizar aplicações de toxina botulínica e preenchimentos. Já se o propósito for reduzir manchas, a luz pulsada pode ser uma das indicações. Outra alternativa é investir em produtos com partículas iluminadoras, a fim de conferir luminosidade ao rosto. A cicatrização em feridas cirúrgicas é muito ruim e assim sendo, o cirurgião plástico e o dermatologista não fazem procedimentos em fumantes, a não ser que pare de fumar 1 mes antes”, explica.

Dicas para manter a pele saudável

  • Mantenha uma alimentação balanceada;
  • Beba água frequentemente;
  • Use filtro solar diariamente;
  • Hidrate a pele do corpo sempre após o banho;
  • Conheça o seu tipo de pele e invista em cuidados específicos para ela;
  • Evite fumar e a exposição ao Sol sem proteção.

Saúde

Jovens de 15 a 19 anos receberão vacina da HPV até dezembro

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Foto/Imagem: Arquivo/Agência Saúde-DF

Uma importante medida de saúde pública foi anunciada para o Distrito Federal: a Secretaria de Saúde (SES-DF), seguindo as orientações do Ministério da Saúde, prorrogou até o final de dezembro a campanha de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para a faixa etária de 15 a 19 anos. Essa é uma excelente oportunidade para quem perdeu o prazo e busca proteção contra o vírus.

Para se vacinar, basta apresentar um documento de identificação e o cartão de vacina em um dos mais de 180 pontos de vacinação disponíveis no Distrito Federal.

Baixa adesão preocupa autoridades

A ampliação do público-alvo da vacina HPV começou em março, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal entre os jovens que não se imunizaram na idade preconizada, que é de 9 a 14 anos. No entanto, os números atuais acendem um alerta: até o último sábado (14), apenas 2,3 mil indivíduos entre 15 e 19 anos haviam sido vacinados, um número muito abaixo da meta de 49 mil jovens estimados para essa faixa etária.

O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, reforça a importância da vacinação. “Estamos comprometidos em aumentar a cobertura vacinal e garantir que todos tenham acesso às doses. É essencial que essa faixa etária aproveite a chance para se proteger contra infecções que podem levar a doenças graves, como o câncer”, alertou Lacerda.

A importância da vacina HPV na prevenção do câncer

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode causar verrugas genitais e diversos tipos de câncer, incluindo os de pênis, útero e laringe. No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que o câncer de colo de útero mata cerca de 7 mil mulheres por ano, um cenário que sublinha a urgência e a relevância da vacinação como ferramenta de prevenção. A prorrogação da campanha no Distrito Federal é, portanto, uma chance valiosa para a população de Brasília e arredores se proteger e contribuir para a saúde coletiva.

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Saúde

Saúde do DF em Debate: Iges-DF Presta Contas e UPAs Viram Centro de Discussão na CLDF

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Foto/Imagem: Ângelo Pignaton/Agência CLDF

A saúde pública do Distrito Federal foi o centro de um acalorado debate na Câmara Legislativa (CLDF) nesta segunda-feira (16). Em audiência pública, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) apresentou sua prestação de contas dos últimos quatro meses de 2024 à Comissão de Saúde (CSA), evidenciando desafios e planos para o setor. Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e movimentos de usuários da saúde também acompanharam a sessão.

O presidente do Iges-DF, Cleber Monteiro Fernandes, destacou o aprimoramento da gestão, com a criação de uma superintendência de contratos e a futura implementação de um cartão corporativo para agilizar a aquisição de insumos nas unidades. “Precisamos auditar nossos contratos de ponta a ponta. Por isso, estamos criando processos de auditoria permanente”, afirmou Monteiro.

Novas UPAs e a Crise da Atenção Primária

O anúncio do Governo do Distrito Federal (GDF) de construir sete novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em regiões como Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul e Estrutural, com investimento de R$ 117 milhões, gerou discussões entre os parlamentares.

A presidente da CSA, deputada Dayse Amarilio (PSB), embora veja com bons olhos os investimentos, defendeu a necessidade de repensar o planejamento da saúde no DF, priorizando o fortalecimento da atenção primária. Para a deputada, que classificou a situação como um “cenário de guerra”, a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) – as Unidades Básicas de Saúde (UBS) – é crucial para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Amarilio denunciou falhas graves nas UPAs geridas pelo Iges-DF, como a demora no atendimento, a falta de leitos e a escassez de ambulâncias para transporte de pacientes. “Não é verdade que a UPA é melhor que a atenção primária. O que falta é compromisso de gestão, para que as pessoas possam entregar o que é melhor, para que as pessoas possam trabalhar sem a sensação de que seus pacientes vão morrer”, desabafou a parlamentar, que relatou ter presenciado a UPA de Vicente Pires completamente lotada, sem acolhimento adequado.

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) corroborou a sobrecarga das UPAs, que, segundo ele, muitas vezes são procuradas por pacientes que buscam um serviço de melhor qualidade do que o oferecido pela Secretaria de Saúde. Ele criticou a existência de dois modelos de atendimento (Iges-DF e SES/DF), que podem complicar o processo e gerar retrabalho. “Quando a gente refaz o atendimento, a gente gasta em dobro”, pontuou.

A promotora de Justiça do MPDFT, Hiza Carpina, alertou para “sérios problemas” nas unidades do Iges-DF, incluindo a lotação superior a 200% em prontos-socorros, déficit de profissionais e altas taxas de absenteísmo. “É possível enxergar o colapso. Precisamos de um projeto de saúde para o DF”, ponderou Carpina.

Transparência Financeira e Contratual do Iges-DF

No período de setembro a dezembro de 2024, o Iges-DF recebeu um total de R$ 564 milhões, com a maior parte (R$ 558 milhões) proveniente do Contrato de Gestão e aditivos. As despesas totalizaram R$ 547 milhões, com gastos significativos em pessoal (R$ 297 milhões) e serviços de terceiros (R$ 142 milhões).

A área de contratos do Instituto formalizou 465 instrumentos contratuais, totalizando mais de R$ 448 milhões, destacando-se serviços de vigilância patrimonial, lavanderia hospitalar e fornecimento de alimentação. Cerca de 16% dos contratos foram classificados como emergenciais. O Iges-DF também reforçou sua atuação na análise de falhas contratuais e aplicação de sanções, visando garantir a responsabilização de fornecedores e a integridade das contratações públicas.

Os dados completos da prestação de contas do Iges-DF para o 3º quadrimestre de 2024 podem ser acessados na íntegra na página oficial do instituto. A audiência pública também contou com a participação dos deputados Jorge Vianna (PSD) e Pepa (PP) e a íntegra da reunião pode ser assistida no canal do YouTube da CLDF.

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