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sábado, 6 dezembro 2025, 01:40:03
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Autódromo de Brasília reabre após 12 anos

Publicado em:

Repórter: Paulo Andrade

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Com 5,3 km de extensão, pista candanga é maior que Interlagos e volta a funcionar no dia 30 com etapa da Stock Car; reforma custou R$ 60 milhões e ingressos serão gratuitos

Depois de quase 12 anos fechado, o Autódromo Internacional de Brasília volta à ativa no final deste mês. A reinauguração acontece no dia 30 de novembro, com a penúltima etapa da Stock Car 2025 e show do cantor baiano Bell Marques. O equipamento público passou por uma reforma estrutural de R$ 60 milhões, bancada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), e promete devolver à capital federal um capítulo importante de sua história com o automobilismo.

A pista candanga carrega um diferencial que poucos conhecem: com 5.384 metros de extensão, ela é maior que o Autódromo de Interlagos, em São Paulo — que tem 4.309 metros e sedia o GP do Brasil de Fórmula 1 desde 1990. A diferença chega a 1.075 metros. Também supera a já desativada pista do Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, que tinha 5.035 km.

Das ruas ao asfalto oficial

O automobilismo faz parte da história de Brasília desde o primeiro dia. Na inauguração da capital, em 1960, a programação incluiu uma corrida de carros no Eixão Sul, batizada de Grande Prêmio (GP) Juscelino Kubitschek. Nos anos seguintes, a cidade recebeu competições de rua, como os famosos 500 km de Brasília, até ganhar um autódromo próprio.

O complexo foi construído no final dos anos 1960 pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) — então presidido por Cláudio Starling, com projeto do engenheiro Samuel Dias — e inaugurado em 1974.

A equipe responsável pela obra foi buscar inspiração diretamente na fonte: durante o GP da Argentina de Fórmula 1, os profissionais ouviram dirigentes do automobilismo mundial para descobrir as melhores características de um autódromo. A grande mensagem captada foi clara: traçado extenso.

Pista única no mundo

O resultado foi uma pista aos moldes internacionais — longa e de alta velocidade — com dimensões que se tornaram oficiais. Os 5.384 metros se distribuem em seis traçados diferentes, com 16 curvas (nove à direita e sete à esquerda), três retas principais, duas variantes e duas entradas de boxes.

A reta de largada tem 614 metros, a maior reta alcança 803 metros e a reta oposta mede 502 metros. A curva 1, de alta velocidade, possui 207 metros e inclinação de 5° — característica única no Brasil. A pista mantém largura generosa: 15 metros na largada e 14 metros nos demais trechos, o que garante ultrapassagens e disputas acirradas.

“Somente o Autódromo de Brasília tem uma curva com essa característica, que permite que os carros corram mais e cheguem com velocidade maior”, explica Paulo Henrique Costa, presidente do Banco de Brasília (BRB), instituição responsável pela gestão do espaço desde 2022. A concessão é válida por 30 anos.

Localização privilegiada

Além do tamanho, o autódromo brasiliense tem outros diferenciais. É um dos poucos do mundo onde é possível ter visão completa da pista a partir das arquibancadas.

A localização central também impressiona. Enquanto grandes cidades colocam seus autódromos em áreas afastadas, a capital federal mantém o complexo no centro da cidade, próximo à rede hoteleira, shoppings e ao sistema de transporte público — um luxo raro no automobilismo mundial.

Reforma respeita história

A intervenção promovida pelo GDF foi a primeira grande reforma desde a construção do autódromo. O traçado original e histórico foi respeitado, mas o espaço ganhou modernização e adequação para atender exigências atuais.

“Estamos implementando todos os elementos de segurança para homologação da FIA [Federação Internacional do Automóvel] e da FIM [Federação Internacional de Motociclismo]”, afirma Fernando Distretti, superintendente do Autódromo BRB.

O complexo agora conta com:

  • 13 áreas de escape
  • 10 mil metros de guard rails
  • 15 mil metros quadrados de paddock
  • 90 mil pneus de proteção
  • 40 mil metros quadrados de caixa de brita
  • 3,5 mil metros de zebra

Planos ambiciosos

O projeto prevê ainda mais de 40 boxes fixos, que serão implementados na segunda etapa, prevista para 2026. Essa fase contempla também o kartódromo e o centro médico.

A terceira fase inclui a instalação de novos empreendimentos dentro do complexo: lojas de carros e equipamentos esportivos, áreas de eventos e um Museu do Automobilismo. A obra completa deve alcançar investimento de R$ 100 milhões.

Programação de reabertura

A festa de reinauguração começa dias antes da etapa da Stock Car:

  • 27 de novembro: desfile dos veículos pelas ruas da cidade
  • 28 de novembro: visitação de escolas públicas ao espaço
  • 29 de novembro: treino e corrida sprint
  • 30 de novembro: etapa da Stock Car 2025 e show de Bell Marques

Os ingressos são gratuitos e serão disponibilizados pelo BRB. O GDF também anunciou a extensão do programa Vai de Graça — que isenta o pagamento da tarifa do transporte público — para o sábado, dia 29. A medida visa facilitar o acesso do público ao autódromo nos dois dias de evento.

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