A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rebateu o advogado Paulo Renato Cintra, defensor do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, durante o julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). O embate ocorreu quando Cintra utilizou as expressões “voto impresso” e “voto auditável” como sinônimos.
A ministra interveio para esclarecer que os termos não são a mesma coisa, e que as urnas eletrônicas são auditáveis desde 1996. Cármen Lúcia criticou o uso da ambiguidade para “criar uma confusão na cabeça da brasileira e do brasileiro” e questionar a segurança do sistema eleitoral.
O advogado, em seguida, explicou que utilizou os termos como sinônimos por serem as expressões usadas nas conversas de WhatsApp entre Jair Bolsonaro e seus aliados, conforme consta na acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na sua sustentação, Cintra defendeu que Ramagem não participou da difusão de desinformação e que os supostos casos de monitoramento ilegal citados pela PGR teriam ocorrido antes de ele assumir o comando da Abin.

