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A Beneficência Portuguesa de São Paulo

Julho Verde: saiba como prevenir os tumores de cabeça e pescoço

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Câncer de cabeça e pescoço
Foto/Imagem: Freepik


O mês de julho é marcado pela conscientização do câncer de cabeça e pescoço, que atinge anualmente cerca de 36 mil novos casos no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Essa categoria abrange desde tumores cerebrais e de boca até o câncer de tireoide e couro cabeludo. Os sintomas iniciais são corriqueiros e costumam passar despercebidos pelo paciente, o que impacta as chances de cura, indica Giulianno Molina de Melo, cirurgião da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Infelizmente, cerca de 60% dos casos são diagnosticados em fases avançadas da doença.

“As dúvidas mais frequentes são sobre câncer de tireoide, de pele e de boca. Normalmente aparece uma ferida, uma bolinha estranha, ou ocorrem até mesmo alterações na voz”, relata o médico da BP. A persistência destes sinais por mais de duas semanas é o principal indicativo de que pode se tratar de um tumor maligno. “O tumor é evolutivo, aparece e vai crescendo gradualmente, até um momento que fica tão evidente que o paciente decide procurar ajuda. Nesse ponto, a doença já se espalhou para outras áreas, como a gengiva, o dente, o osso”, diz.

Em estágios iniciais, é possível remover o tumor por meio de uma pequena incisão, mas conforme as células cancerosas se espalham, é necessário realizar uma cirurgia oncológica complexa, com margens cirúrgicas e reconstrução dos tecidos. Os quadros localmente avançados requerem também quimioterapia e radioterapia adicionais. “Então o tratamento é mais oneroso, cansativo e demorado, e a taxa de sobrevida não é boa, porque está mais avançado”, expõe o cirurgião.

O principal fator de risco é o tabagismo, responsável por 85% dos casos, alerta o INCA. O consumo de álcool em excesso também é um agravante, podendo aumentar em até 30 vezes a chance de câncer. Além disso, nas últimas décadas, o vírus do Papiloma Humano (HPV), uma infecção sexualmente transmissível, tem sido associado a um aumento nos casos. As melhores maneiras de prevenção são evitar o fumo associado a bebidas alcoólicas e se vacinar contra HPV antes de iniciar a atividade sexual.

O especialista recomenda que as pessoas se examinem em frente ao espelho e observem o movimento da laringe enquanto bebem água, a fim de detectar a presença de nódulos ou gânglios visíveis no pescoço e na tireoide. Dentistas, fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas são aliados importantes na identificação e sinalização dos sintomas, e a avalição inicial desses profissionais é crucial para que o paciente seja encaminhado ao cirurgião de cabeça e pescoço. Para estabelecer o diagnóstico definitivo, são necessários exames de imagem ou biópsia, na qual o material é retirado diretamente nas lesões acessíveis e analisado por um patologista.

Em algumas situações, a tireoide chega a comprimir a traqueia, podendo ser confundida com bronquite. Já o crescimento de um papiloma provoca coriza prolongada, e essa reação inflamatória pode ser associada erroneamente a rinite alérgica. Para descartar a possibilidade de outras enfermidades, o cirurgião reforça a importância de procurar centros especializados como a BP, que oferecem atendimento multidisciplinar e cuidados integrados.

O hub de saúde é referência no tratamento do câncer de cabeça e pescoço, contando com um Centro de Oncologia e Hematologia que tem equipes renomadas de oncologistas, radio-oncologistas, cirurgiões, e especialistas vinculados a áreas de suporte imprescindíveis, como odontologia, nutrição, medicina nuclear, patologia e biologia molecular.

saúde

Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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saúde

Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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