O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e as Loterias Caixa anunciaram nesta quinta-feira (22) a renovação do contrato de patrocínio ao esporte paralímpico nacional, com valor recorde de R$ 160 milhões para o ciclo até os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. O acordo, assinado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, representa o maior investimento já realizado na modalidade, superando em R$ 125 milhões o contrato anterior.
O novo patrocínio, que prevê R$ 40 milhões por ano, amplia o apoio a modalidades paralímpicas. Além das 13 já contempladas, como atletismo, natação, goalball e vôlei sentado, agora também serão beneficiadas canoagem, paraesgrima, taekwondo, tiro com arco e triatlo. Mais de 120 atletas receberão apoio individual, com base em critérios técnicos definidos pelo CPB.
“Estamos diante do maior patrocínio da história do esporte paralímpico brasileiro. Esta parceria histórica representa um compromisso com a transformação de vidas e com o fortalecimento de um projeto esportivo inclusivo, democrático e vencedor”, afirmou José Antônio Freire, presidente do CPB.
Inclusão e investimento no futuro
Presente na cerimônia, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a importância de investir em atletas desde a base e criticou a lógica que prioriza apenas os esportistas já consagrados.
“Os atletas só têm patrocínio quando ficam famosos. Mas muitas vezes, ninguém ajudou aquele jovem a dar o primeiro passo. Um país que não cuida do esporte não será competitivo”, declarou Lula.
Apoio histórico e resultados expressivos
A parceria entre a Caixa e o CPB teve início em 2003. Desde então, o Brasil tem alcançado posições de destaque nas Paralimpíadas:
Atenas 2004: 14º lugar – 33 medalhas (14 ouros)
Londres 2012: 7º lugar – 43 medalhas (21 ouros)
Rio 2016: 8º lugar – 72 medalhas (14 ouros)
Tóquio 2020: 7º lugar – 72 medalhas (22 ouros)
Paris 2024: 5º lugar – 89 medalhas, melhor campanha da história (25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes)
O presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira, reforçou o papel da instituição na promoção da inclusão:
“Acreditamos que o esporte paralímpico não molda apenas campeões, mas constrói um Brasil mais justo, inclusivo e humano. É obrigação da Caixa ser porta-voz dessa transformação social.”