A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) anunciou a criação do primeiro posto de identificação especializado para pessoas com deficiência e famílias atípicas. O novo serviço funcionará na Delegacia da Criança e do Adolescente II (DCA II), em Ceilândia, e oferecerá acolhimento diferenciado para a emissão de documentos como a carteira de identidade.
A iniciativa faz parte do projeto “Apoio Integrado às Famílias Atípicas”, que busca criar uma cultura institucional mais inclusiva e empática na corporação. O projeto, coordenado pela Divisão Integrada de Atendimento à Mulher (Diam), prevê a capacitação de policiais, adaptações nas unidades e a produção de materiais educativos.
Segundo a diretora da Diam, Karen Langkammer, um simples tratamento diferenciado pode ser decisivo para que uma pessoa se sinta protegida. O delegado-geral da PCDF, José Werick de Carvalho, reforçou que a cultura do acolhimento será implementada em todas as delegacias, na policlínica e no Instituto Médico Legal.
O projeto conta com o apoio da Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF e de outras instituições. O secretário Willian Ferreira da Cunha destacou a importância de capacitar os servidores para o atendimento a pessoas atípicas, ressaltando que a falta de informação é a principal barreira para uma acessibilidade completa.
A PCDF também está elaborando um plano de estruturação para o biênio 2026-2027, com foco na acessibilidade física e institucional, e desenvolverá um plano de capacitação com livros e vídeos para formar servidores preparados para acolher e garantir o respeito à diversidade.

