Em 21 de setembro, Dia Mundial da Doença de Alzheimer, o foco é ampliar a conscientização sobre a principal causa de demência no mundo. A campanha global Setembro Roxo de 2025, com o tema “Pergunte sobre Demência e Alzheimer”, incentiva o diálogo e a busca por informações, especialmente porque o diagnóstico precoce é crucial para o tratamento.
Cerca de 8,5% da população brasileira acima de 60 anos convive com a doença, o que representa 1,8 milhão de pessoas. A estimativa do Ministério da Saúde é que esse número chegue a 5,7 milhões de casos até 2050. No Distrito Federal, o atendimento é realizado no ambulatório de Neurologia Cognitiva do Hospital de Base, que funciona em horários específicos de segunda a quarta-feira.
Sinais de alerta e a importância do diagnóstico
O neurologista Carlos Uribe alerta que é comum familiares confundirem os primeiros sintomas com o envelhecimento normal. No entanto, esquecimentos frequentes que atrapalham a rotina, como perder objetos, repetir perguntas ou se perder em locais conhecidos, podem ser indicativos da doença e exigem atenção médica.
Com o avanço do Alzheimer, a condição afeta mais do que a memória, causando:
- Dificuldade para planejar e resolver problemas.
- Alterações de humor e personalidade.
- Desorientação no tempo e espaço.
- Dificuldade para reconhecer familiares e realizar atividades diárias, como se vestir e se alimentar.
O diagnóstico é feito por meio de entrevistas clínicas, testes cognitivos e exames de imagem. Embora não haja cura, o tratamento pode retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus cuidadores. Ele combina medicamentos, terapias de reabilitação e acompanhamento multiprofissional.
Prevenção e apoio à família
Para prevenir ou retardar o aparecimento do Alzheimer, o neurologista recomenda manter hábitos saudáveis, com exercícios físicos e alimentação equilibrada. Atividades que estimulem o cérebro, como a leitura, também são aliadas importantes.
Uribe destaca que, além de preparar a rede de saúde, é essencial acolher o paciente e a família com empatia. O tratamento e o cuidado integral são fundamentais para garantir dignidade e bem-estar em todas as fases da doença.

