Milhares de pessoas marcharam na Esplanada dos Ministérios neste domingo (21) para protestar contra a PEC da Blindagem e a proposta de anistia para os condenados por tentativa de golpe de Estado. O ato, que ocupou as seis faixas do Eixo Monumental, durou das 9h às 14h, com encerramento em frente ao Congresso Nacional.
Com o lema “Congresso Inimigo do Povo”, os manifestantes pediram a prisão de Jair Bolsonaro e criticaram a PEC da Blindagem, que exige autorização do próprio Congresso para que parlamentares sejam processados criminalmente.
Indignação contra a impunidade
A proposta gerou indignação entre os manifestantes. A bancária Keyla Soares, de 42 anos, classificou a PEC como uma “sem vergonhice”, afirmando que os parlamentares “só trabalham em defesa deles mesmos”. A estudante Sara Santos, de 26 anos, considerou a proposta um “absurdo”, e a delegada aposentada Maria Lúcia de Souza, de 62 anos, expressou sua revolta, citando que a votação ocorreu em meio a notícias de suposto envolvimento do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, com o PCC.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, foi um dos principais alvos de cartazes dos manifestantes, por ter pautado a votação da PEC.
Os protestos, convocados pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ocorreram em 33 cidades do país e contaram com a participação de movimentos sociais, sindicatos e artistas.

