O Autódromo de Brasília voltou a rugir neste domingo (30) com a prova principal da Stock Car 2025, primeiro evento esportivo desde a reabertura do equipamento público na quinta-feira (27). O governador Ibaneis Rocha acompanhou a corrida que marca uma nova fase para a capital federal. O grande vencedor foi o piloto Nelson Piquet Júnior.
“Com a reinauguração do autódromo, a gente traz mais vida para Brasília”, declarou o governador. “Estamos devolvendo esse equipamento muito importante para a nossa cidade, que vai trazer — é bom frisar isso — muito emprego, muita renda e turismo para a nossa capital.”
O chefe do Executivo visitou os boxes e o grid antes da largada, acompanhado da primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, e do tetracampeão de Fórmula 1, o brasiliense Nelson Piquet.
Calendário cheio para 2025
A programação do complexo já começa a ganhar corpo, confirmando o potencial esportivo, econômico e turístico do local. “Nós já temos agendados 56 eventos para o ano que vem: Fórmula Truck, Motovelocidade, Stock Car e Copa Porsche… Então teremos muitos eventos aqui”, anunciou Ibaneis.
O secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, reforçou a aposta no automobilismo: “Brasília é a capital do esporte. A gente vem trazendo diversos eventos de nível nacional e internacional, como vôlei, basquete e MMA, mas o automobilismo tem a peculiaridade de ser um espaço apto. Este governo conseguiu tirar do papel e realmente viabilizar esse grande marco para a nossa cidade. Hoje estamos dando um pontapé para grandes eventos. O esporte só ganha com isso”.
Impacto que se vê e se sente no bolso
A realização da 11ª etapa da Stock Car Pro Series, aliada à 6ª etapa da Stock Light, mexeu com o Distrito Federal. Cerca de 30 mil ingressos foram disponibilizados por dia, atraindo moradores e turistas para acompanhar treinos, bastidores e corridas. Além do público nas arquibancadas, a movimentação gerada pela operação do evento — entre equipes técnicas, profissionais das escuderias, fornecedores e staff — ampliou ainda mais o impacto econômico.
Essa circulação intensa refletiu diretamente nos segmentos de hotéis, bares, restaurantes, transportes e diversos serviços da cidade, conforme destacou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “A rede hoteleira está toda cheia, e isso também se refletiu nos restaurantes dos shoppings”, comemorou. “A gente atinge o nosso objetivo, que é fomentar o turismo”.
Do abandono ao protagonismo
Após quase 12 anos fechado, o Autódromo Internacional de Brasília voltou a funcionar como espaço esportivo e cultural. A ampla reforma estrutural foi viabilizada por R$ 60 milhões investidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF), e o complexo foi reinaugurado na quinta-feira (27), em cerimônia conduzida pelo governador Ibaneis Rocha.
A entrega marca mais um passo do GDF na recuperação de equipamentos públicos históricos que estavam abandonados. Desde 2019, o governo tem restaurado e modernizado espaços deteriorados, como o Museu de Arte de Brasília (MAB), a Sala Martins Pena no Teatro Nacional Claudio Santoro e a Casa de Chá.
Com a reabertura, o autódromo retoma seu papel no automobilismo e no motociclismo, reunindo a maior pista em extensão do país — 5.384 metros, seis traçados, duas variantes e 16 curvas. A modernização também reforça o potencial de Brasília para sediar grandes eventos esportivos, culturais e de lazer, alinhados à vocação original do complexo, concebido em 1974 como arena multiúso.
O recado está dado: Brasília voltou ao mapa do automobilismo brasileiro. E com tudo.

