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Fluxo intenso

GDF: obras viárias beneficiarão cinco regiões do Distrito Federal

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Ary Filgueira

Pelo menos cinco regiões administrativas têm, em suas principais vias, fluxo de veículos diário maior do que a capacidade efetivamente oferecida: a frota do Distrito Federal em dezembro de 2019 chegou a 1,8 milhão de carros. Por isso, o Governo do Distrito Federal (GDF) está elaborando projetos e soluções para a mobilidade da população que se desloca diariamente pelas vias urbanas.

Estão previstos, por exemplo, construção de viadutos e alargamentos de pistas em locais onde já que foi constatado que o trânsito é confuso, lento ou intenso e que não se resolve apenas com soluções como a inversão de faixas.

É o caso de Sobradinho, Paranoá, Sudoeste/Octogonal/Cruzeiro (incluindo os setores gráfico e policial) e no trecho entre o Gama e Recantos das Emas. No Recanto das Emas, por exemplo, a DF-001 já começou a ser recapeada nos dois sentidos (Gama-Samambaia) e ganhará um viaduto para dar mais fluidez ao trânsito.

A passagem, que vai substituir o balão, terá dois níveis: um inferior, por onde passará o fluxo que se desloca hoje do Gama a Samambaia; e outro erguido sobre a DF-001, ligando o Riacho Fundo ao Recanto das Emas. “O projeto já está pronto”, garante o superintendente de obras do DER-DF, Cristiano Cavalcante.

Além do viaduto, a DF-001, que liga o Gama a Samambaia, também será toda recapeada e ganhará mais uma faixa nos dois sentidos. Uma parte, no sentido balão do Recanto das Emas a Samambaia, já foi restaurada.

As benfeitorias são aguardadas com entusiasmo pelo panfleteiro Ronem Alves, de 52 anos. Ele está há pelo menos três anos trabalhando no local e perdeu as contas da confusão provocadas pelo trânsito no local. “Tem muito acidente. Já vi gente perdendo a cabeça e brigando aqui por causa dessa confusão. Por isso, peço a Deus que esse viaduto venha logo”, disse.

A 52 quilômetros dali será construído outro viaduto. A passagem ligará Sobradinho I com a BR-020 no sentido ao Plano Piloto e será instalada na altura do estádio de futebol Augustinho Lima. A obra servirá para ajudar a escoar um fluxo de 50 mil carros/dia. Quem sai da cidade para pegar a rodovia passará por baixo até desembocar na estrada que liga Planaltina ao Plano Piloto.

A obra está orçada em R$ 20 milhões. Além do viaduto, a BR-020 também será alargada. A estrada ganhará terceira faixa nos dois sentidos: Planaltina-Plano Piloto e vice-versa. Esta outra fase custará R$ 8 milhões e também ficará pronta no mesmo período.

Acostumado a trafegar pela via diariamente, o motorista Douglas Camargo, 37, endossa a iniciativa do GDF. Segundo ele afirmou, a passagem, do jeito que está, provoca engarrafamento capaz de invadir Sobradinho I. “É necessário essa  para dar segurança aos motoristas que deixam Sobradinho em direção à BR-020”, afirma.

Problemas de engarrafamento não é uma peculiaridade de vias longas que ligam o Plano Piloto às Regiões Administrativas. A ligação entre o Parque da Cidade e o Sudoeste, perto do Departamento de Polícia Especializada (DPE), fica congestionada diariamente em horários de pico, das 8h às 10h e das 17h às 20h.

A solução também será a instalação de um viaduto. O elevado ficará sobre a Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) e vai conectar o Sudoeste, na altura da Avenida das Jaqueiras, ao Parque da Cidade.  Por ali, chegam a passar 22 mil veículos por dia. Do total de R$ 21,4 milhões estimados com o custo da obra, R$ 3,8 milhões são contrapartida do GDF.

A obra eliminará os semáforos que interferem o fluxo. Hoje, quem passa pela Epig no sentido Plano Piloto é obrigado a parar em dois sinaleiros: um para a passagem de pedestres em frente ao Complexo da Polícia Civil e outro logo em frente à saída de carros do Parque da Cidade. O mesmo acontece no sentido contrário.

Quem vai do Plano Piloto sentido Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) também precisa parar no sinal para a passagem dos automóveis que saem do Parque da Cidade (estes ou seguem pela EPIG sentido Taguatinga ou viram à direita rumo ao Sudoeste).

Quem toma a primeira opção – rumo a Taguatinga – se depara logo com um semáforo em frente à Polícia Civil. “Isso é um anseio antigo. Quem vem do Gama, como é o meu caso, pega todos os engarrafamentos possíveis. Mas este aqui é o pior, por causa desses semáforos”, descreve o contador Edson Martins, 39.

Em outro ponto da região central de Brasília também está previsto mais um viaduto. O projeto prevê a construção de duas novas pontes próximas à sede da Polícia Federal, no Setor Policial.

Essas estruturas serão construídas para atender os veículos do BRT (Eixo Oeste) e não vão modificar o tráfego de veículos leves na região. A obra custará R$ 9 milhões e a licitação já foi autorizada   pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). O início está previsto para o primeiro semestre de 2020.

Para o superintendente de obras do DER-DF, Cristiano Cavalcante, a construção mais desafiadora e igualmente inovadora, pelo menos no âmbito do Distrito Federal, será o viaduto entre a DF-001 (estrada que contorna o Itapoã/Paranoá), a DF-015 (que leva ao Lago Norte/Varjão) e a DF-250 (em direção ao Itapoã).

Justamente, por sua engenharia arrojada. “Serão três níveis. Quem vem de Sobradinho dos Melos e Planaltina vai passar por baixo, num túnel. Quem vem de Sobradinho, pela DF-001, por cima, mas no segundo nível. E haverá um elevado passando por cima dos dois, ligando direito ao Paranoá”, explicou Cristiano.

O caseiro Aguinaldo Pereira, 27, passa pelo local com uma moto e conta a dificuldade para usar o balão. “O trânsito fica parado. Nem moto consegue passar direito de tanta confusão. Esse viaduto vai resolver nosso problema”, acredita.

cidadania

DPDF realiza a nona edição da Quarta do Cidadão

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

A nona edição da Quarta do Cidadão, promovida pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), ocorreu na quarta-feira (18), das 9h às 15h, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. O projeto, que se consolidou como um ponto de cidadania e acolhimento em Brasília, teve como foco principal oferecer inclusão e apoio a homens em situação de vulnerabilidade.

Com o apoio de diversos parceiros, a iniciativa disponibilizou uma série de serviços gratuitos. Entre eles, estiveram atendimento jurídico, orientação sobre pensão alimentícia, reconhecimento de paternidade, e a realização de exames de DNA. Além disso, a ação ofereceu assistência social, serviços de saúde, corte de cabelo, encaminhamento profissional e distribuição de lanches. A cada edição, a DPDF buscou firmar mais parcerias para ampliar a gama de serviços oferecidos.

Um compromisso com a transformação social no DF

Desde sua primeira edição, realizada em agosto de 2024, a Quarta do Cidadão já contabilizou mais de 3,2 mil atendimentos, demonstrando o impacto positivo do projeto na vida da população do Distrito Federal.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, a iniciativa refletiu o compromisso da DPDF com a transformação social. “O intuito foi garantir que todos tivessem acesso às oportunidades necessárias para uma vida digna, fortalecendo os laços familiares e comunitários e melhorando a saúde mental e emocional dos atendidos”, afirmou.

Celso Murilo de Britto, chefe da Assessoria Especial da DPDF e coordenador do evento, ressaltou a importância da Quarta do Cidadão para assegurar direitos básicos e promover a cidadania, especialmente para aqueles que tiveram dificuldade em acessar o Sistema de Justiça de outra maneira. “A cada edição, a Quarta do Cidadão reafirmou seu papel como espaço de transformação e acolhimento. Mais do que resolver demandas jurídicas, a iniciativa resgatou a dignidade, fortaleceu vínculos e contribuiu para a reintegração social de pessoas invisibilizadas pelo sistema”, explicou.

Histórias de superação e acesso a direitos

Entre os beneficiados por edições anteriores esteve Yuri Sousa, de 19 anos, morador do Areal, que participou em agosto de 2024 para fazer um exame de paternidade. “As dúvidas e as incertezas podiam causar desconforto emocional e psicológico para todos ao longo do tempo. Realizar o teste de paternidade foi um passo fundamental para assegurar os direitos e deveres do pai e da criança”, disse o lavador de carros.

Outro exemplo foi o peruano Juan Portal, de 55 anos, morador do Paranoá, que buscou apoio para regularizar sua documentação. Ambulante, ele enfrentava dificuldades para acessar serviços básicos sem os documentos necessários. “Trabalho todos os dias para me sustentar, mas sem documentos, tudo fica mais difícil. Não conseguia abrir conta em banco, nem ter acesso a benefícios que poderiam me ajudar. Após o atendimento, finalmente resolvi a minha situação e tenho mais segurança para seguir em frente”, comemorou.

Os serviços oferecidos na Quarta do Cidadão foram essenciais para promover a cidadania e a inclusão social no Distrito Federal, abrangendo desde orientações para trabalhadores desempregados até serviços de saúde como testes de glicemia, vacinação e exames de vista.

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SEGURANÇA

Pai agride criança em festa junina de Vicente Pires e é detido

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Foto/Imagem: Reprodução

Um homem de 41 anos foi detido no último domingo, dia 15, após agredir um menino de 4 anos durante uma festa junina em uma escola particular em Vicente Pires, Distrito Federal. O caso gerou grande repercussão e levantou um debate sobre violência e segurança em ambientes escolares.

O analista de sistemas Douglas Filipe Parisio Lima foi conduzido à delegacia, mas liberado após o registro de um termo circunstanciado. A defesa do agressor alegou que ele interveio porque a criança de 4 anos estaria praticando bullying contra seu filho, e que, momentos antes, havia enfiado o dedo no olho do colega.

De acordo com a defesa, Lima observava a apresentação da turma de seu filho no palco da festa quando viu o menino de 4 anos agredir o olho de seu filho. Ele, então, subiu no palco, derrubou a criança e a segurou pelo pescoço. A situação escalou quando diversos adultos intervieram, e uma policial presente no evento deu voz de prisão a Lima, que reagiu agredindo a agente com um tapa no rosto.

Escola repudia agressão e contesta justificativa

O Colégio Liceu, onde ocorreu o incidente, emitiu uma nota condenando veementemente a agressão. A escola afirmou que a professora responsável estava mediando o atrito entre as duas crianças no momento do ocorrido. “O que ocorreu no dia da Festa Junina foi um desentendimento pontual entre as duas crianças durante a dança. A situação foi percebida pela professora que conduzia a apresentação no palco e que prontamente iniciou a mediação. No entanto, antes que pudesse intervir por completo, o próprio pai agiu de forma abrupta e violenta, agredindo fisicamente a criança, como se verifica pelos vídeos amplamente divulgados nas redes sociais”, declarou a instituição.

A escola também refutou a justificativa da agressão, classificando-a como “inaceitável e revoltante”. Segundo a nota, a família do agressor procurou a coordenação pedagógica apenas uma vez para tratar da convivência entre os colegas, há menos de um mês. “Assim que esse fato chegou ao nosso conhecimento, a escola tomou todas as providências cabíveis: comunicou imediatamente a outra família, que respondeu com prontidão e parceria, além de implementar medidas pedagógicas para garantir um ambiente ainda mais seguro e harmonioso para os alunos. Desde então, a convivência entre as crianças seguiu de forma tranquila e sem qualquer novo episódio”, afirmou o texto.

Apesar da justificativa da defesa de que seu filho sofria bullying e agressões físicas da vítima desde o início do ano, Lima reconheceu ter errado, está envergonhado e pediu desculpas à criança e à sua família. O caso está sendo investigado pela 8ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal.

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