Curta nossa página

segurança

1º Encontro Técnico fortalece rede de atenção a pessoas desaparecidas

Publicado

Foto/Imagem: Divulgação/SSP-DF
Autor: Vinicius Nader

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) realizou, nesta quarta-feira (21), o 1º Encontro Técnico Interinstitucional sobre Fluxos de Atenção às Pessoas Desaparecidas. A iniciativa integra o Programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, no eixo Cidadão Mais Seguro, e marca um passo decisivo na construção da Rede Integrada de Atenção Humanizada ao Desaparecimento de Pessoas.

O evento contou com a participação de servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) inscritos no encontro técnico, além de representantes das polícias Civil (PCDF) e Militar (PMDF), Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), Departamento de Trânsito (Detran-DF), secretarias de Saúde (SES), de Justiça e Cidadania (Sejus), de Desenvolvimento Social (Sedes), Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) e Defensoria Pública do DF (DPDF). O encontro foi promovido em parceria com a Escola de Saúde Pública do DF e servirá como base para a construção de um plano de ação conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

O desaparecimento de uma pessoa é sempre uma situação de angústia para as famílias. Por isso, nossa missão institucional vai além da investigação. É preciso promover uma atenção integrada, sensível e eficaz. Este encontro é um marco na construção de um modelo de atendimento que valorize a escuta, o cuidado e a celeridade nas respostas”, destacou o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.

Participação da população

A comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Barros, destacou a necessidade de compreender o tema em sua totalidade. “Muita gente não entende essa pauta — só mesmo aqueles que têm alguém desaparecido. Por isso é tão importante dialogar, refletir e colocar em prática ações que nos ajudem a compreender todo o fluxo do desaparecimento até o reencontro. Muitas vezes, a pessoa está apenas perdida, e a sociedade não sabe o que fazer. As instituições precisam atuar de forma articulada para dar essa resposta.

Mayara Noronha Rocha: “Se sumir alguém perto da sua casa, você pode ser um agente resolutivo do caso ao compartilhar uma foto com os amigos e fazer sua denúncia”


A primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, incentivou a participação ativa da população. “Siga o Instagram dos Desaparecidos DF. Lá você consegue acompanhar e divulgar. Se sumir alguém perto da sua casa, você pode ser um agente resolutivo do caso ao compartilhar uma foto com os amigos e fazer sua denúncia. Isso é uma ação necessária: se juntar ao poder público e ajudar o DF a ser cada vez melhor.”

O caráter humanizado e multidisciplinar da rede foi destacado pelo secretário executivo institucional e de Políticas de Segurança Pública, Thiago Costa. “Essa pauta envolve diferentes órgãos e múltiplos fatores ー  criminais ou não. Segurança pública é uma responsabilidade de todos. Quando falamos de uma rede de proteção humanizada, ela precisa acolher não só a pessoa desaparecida, mas também seus familiares. Essa é uma pauta do DF, não apenas da SSP”.

O subsecretário de Integração de Políticas em Segurança Pública, Jasiel Fernandes, reforçou que a estruturação dos fluxos e protocolos é fundamental para garantir agilidade e efetividade nas buscas. “Toda a rede que está sendo construída tem como base protocolos bem definidos, para que a localização da pessoa aconteça de forma mais célere e eficiente. A integração entre os órgãos é essencial para que nenhuma etapa seja negligenciada e a resposta seja rápida.

*Com informações da SSP-DF

Comentários

sociedade ativa

Venezuelanas no Brasil precisam de mais apoio integrado

Publicado

Por

Fonte em Foco
Foto/Imagem: © Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Proibida reprodução

A integração e o acolhimento da população venezuelana no Brasil necessitam, urgentemente, de maior articulação com outras políticas públicas. Uma pesquisa conduzida pela Acnur, UNFPA e ONU Mulheres, com apoio do governo de Luxemburgo, aponta a necessidade de um foco especial na igualdade de gênero, abrangendo saúde, moradia, educação e trabalho, em níveis nacional e local.

Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos foram realocados voluntariamente de Boa Vista para mais de 1,1 mil cidades brasileiras. O estudo reconhece avanços na integração, como o aumento de 12% no rendimento médio mensal individual e de 8% no rendimento domiciliar per capita. No entanto, as entidades alertam que persistem desigualdades significativas entre homens e mulheres na inserção no mercado de trabalho e no acesso a serviços essenciais, especialmente para mulheres e famílias monoparentais.

 

Desafios e vulnerabilidades das mulheres venezuelanas

Os dados da pesquisa indicam que homens venezuelanos sem filhos e com maior nível educacional têm mais chances de conseguir oportunidades de interiorização. Em contraste, mulheres venezuelanas enfrentam mais vulnerabilidades, constituindo a maioria das chefes de famílias monoparentais e apresentando maiores taxas de desemprego e informalidade.

Embora o tempo médio sem trabalho tenha diminuído de 6,7 para 4,7 meses, o estudo ressalta que, apesar de uma melhora na inserção laboral das mulheres ao longo do tempo, essa ainda é aquém quando comparada ao tempo médio dos homens. No quesito educação e língua, crianças e adolescentes abrigados ainda enfrentam dificuldades de acesso à escola, apesar da melhora na compreensão do português, especialmente entre as mulheres.

 

Saúde, alimentação e discriminação

Na área de saúde reprodutiva, o uso de métodos contraceptivos entre venezuelanos interiorizados cresceu. Contudo, barreiras no acesso ao pré-natal e problemas na prevenção do câncer entre mulheres abrigadas ainda persistem.

A pesquisa também lança um alerta sobre o aumento da insegurança alimentar e da discriminação tanto entre mulheres venezuelanas abrigadas quanto na população interiorizada de modo geral.

A pesquisa, iniciada em 2021, foi realizada em três fases de coleta de dados quantitativos, com entrevistas de venezuelanos interiorizados e residentes em abrigos em Boa Vista. Os estudos foram conduzidos pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

CONTINUAR LENDO

sociedade ativa

DPDF Atende Mais de 44 Mil Mulheres Vulneráveis

Publicado

Por

Fonte em Foco
Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

Com ações mensais desde maio de 2023, o projeto Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) acaba de completar 25 edições, somando impressionantes 44.857 atendimentos gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se destaca por promover dignidade, acolhimento e transformação social, oferecendo uma gama de serviços nas áreas jurídica, de saúde, assistência social, cidadania e bem-estar.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o projeto já se consolidou como uma política pública permanente de atenção às mulheres. “A cada edição, o Dia da Mulher fortalece o compromisso com uma instituição mais próxima, sensível e transformadora. São diversos atendimentos que refletem a força de uma rede comprometida com a equidade, a inclusão e a justiça social. Essa ação é sobre cuidar, escutar e transformar realidades”, celebrou.

 

Serviços que transformam vidas

A 25ª edição do evento, por exemplo, atendeu 2.008 mulheres, oferecendo suporte essencial. Valdirene Almeida, moradora do Paranoá, de 68 anos, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu orientação jurídica, aferição de pressão, atendimento psicológico, além de um voucher para exames laboratoriais e corte de cabelo.

“É muito bom ver um evento voltado para nós, mulheres, que muitas vezes não temos acesso fácil a esses serviços. São diversos atendimentos oferecidos em um só lugar, o que facilita muito a vida de quem precisa. Estão todos de parabéns pela organização e pelo cuidado com a gente”, elogiou Valdirene.

O sucesso do Dia da Mulher da DPDF reforça o papel fundamental da instituição em aproximar serviços essenciais da população que mais precisa, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres no Distrito Federal.

CONTINUAR LENDO
PUBLICIDADE

Mais Lidas da Semana

Fonte em Foco. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, assessorias de imprensa e colaboradores