O mercado financeiro iniciou a semana em clima de alívio, tanto no Brasil quanto no exterior. Nesta segunda-feira (5), o dólar comercial recuou 0,69% e fechou cotado a R$ 5,506 — o menor patamar em quase um mês. Já o Ibovespa, principal índice da B3, subiu 0,4% e encerrou o pregão aos 132.971 pontos.
A cotação do dólar oscilou para baixo desde os primeiros minutos do dia e chegou a bater R$ 5,49 por volta das 11h30. Essa é a menor marca desde 9 de julho, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. No acumulado de 2025, a moeda já recua 10,91%.
O euro também registrou forte queda: recuou 0,7% e fechou o dia a R$ 6,37, menor cotação desde 3 de julho.
Otimismo com os juros nos EUA impulsiona mercados
A queda global do dólar foi puxada pela crescente expectativa de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, reduza os juros básicos em setembro. A projeção ganhou força após a divulgação de dados que apontam desaceleração no mercado de trabalho norte-americano em julho, além da renúncia de uma diretora regional do Fed. O cargo vago poderá ser preenchido por uma indicação do presidente Trump, o que aumentou a percepção de afrouxamento da política monetária.
Esse cenário mais “dovish” (favorável à queda de juros) animou os investidores, levando as bolsas internacionais a subirem — e impulsionando o Ibovespa.
Dados internos também favorecem o mercado
No Brasil, os dados mais fracos sobre a criação de empregos em junho reforçaram as apostas de que o Banco Central poderá reduzir a taxa básica de juros ainda em 2025. A desaceleração do mercado de trabalho é vista como um fator que pode ajudar a controlar a inflação.
A melhora nas expectativas contribuiu para a recuperação da bolsa, após dois dias seguidos de perdas.

