O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu ao seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) por coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Em uma postagem no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira (20), o parlamentar chamou a ação de “lamentável e vergonhosa” e alegou que a investigação busca apenas “provocar desgaste político”.
Eduardo Bolsonaro, que está morando nos Estados Unidos, é suspeito de tentar interferir no julgamento da trama golpista ao buscar sanções do governo de Donald Trump contra o Brasil e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele defende a anistia para os acusados do 8 de janeiro.
“Tese delirante” e liberdade de expressão
Em sua defesa, o deputado classificou a tese de crime da PF como “absolutamente delirante”. Ele questionou a lógica da investigação, argumentando que a decisão sobre as tarifas e sanções financeiras nos EUA estava nas mãos de autoridades americanas, e não nas suas.
“Se a tese da PF é de que haveria intenção de influenciar políticas de governo, o poder de decisão não estava em minhas mãos, mas sim em autoridades americanas”, afirmou. “Por que, então, a PF não os incluiu como autores? Omissão? Falta de coragem?”, questionou, referindo-se a Trump e a outros secretários.
Eduardo Bolsonaro também alegou que sua atuação nos Estados Unidos é protegida pela “Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos”, que garante a liberdade de expressão e o direito de peticionar ao governo. Ele afirmou que seu objetivo é lutar contra a “ditadura brasileira” e pelo “restabelecimento das liberdades individuais no país”.

