As contas do Governo do Distrito Federal (GDF) registraram um superávit primário de R$ 162 milhões no segundo quadrimestre de 2025. O resultado foi apresentado em audiência pública na Câmara Legislativa e mostra que as receitas correntes totais superaram as despesas em 6,24% em relação ao mesmo período de 2024.
Segundo o secretário-executivo da Secretaria de Economia (Seec), Thiago Conde, a arrecadação total do GDF alcançou R$ 25,4 bilhões, enquanto a despesa foi de R$ 23,8 bilhões. Apenas as receitas tributárias, como ICMS e ISS, somaram R$ 17,8 bilhões.
Gasto com pessoal e metas superadas
O relatório fiscal aponta que o gasto com pessoal se manteve sob controle, com um índice de 38,95% em relação à receita corrente líquida, permanecendo abaixo do limite de alerta de 44,10% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A despesa bruta com pessoal, que inclui servidores ativos e inativos, ultrapassou os R$ 41 bilhões.
O superávit primário de R$ 162 milhões superou a meta estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que previa um déficit de R$ 562 milhões para o período. O resultado nominal também foi positivo, com superávit de R$ 1,48 bilhão, muito acima do déficit de quase R$ 843 milhões previsto.
Principais fontes de receita
Os dados mostram que os principais tributos que geraram receita para o GDF foram:
- ICMS: R$ 8,1 bilhões
- Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): R$ 3,4 bilhões
- ISS: R$ 2,5 bilhões
- IPVA: R$ 1,7 bilhão
- IPTU: R$ 1,1 bilhão
O deputado Eduardo Pedrosa questionou a subestimativa das projeções de arrecadação. Thiago Conde reconheceu o problema e garantiu que a Seec está trabalhando para tornar as previsões orçamentárias mais realistas.

