A Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) celebra o Dia Nacional do Cerrado nesta quinta-feira (11) com uma série de atividades voltadas à conscientização e preservação do bioma. Com o tema “Cerrado: o coração do Brasil e o bioma mais diverso do planeta. Vamos debater o seu futuro?”, o evento reunirá especialistas, docentes e a comunidade no auditório do Campus Norte.
A programação inclui palestras e oficinas para debater a importância do Cerrado e propor soluções para o seu futuro, conforme o pró-reitor da UnDF, Guilherme Baroni.
A riqueza e as ameaças ao Cerrado
Conhecido como a savana brasileira, o Cerrado ocupa cerca de 22% do território nacional e é considerado o hotspot de biodiversidade mais rico do mundo. O bioma abriga uma imensa variedade de espécies, com destaque para o lobo-guará, mas também para centenas de espécies de aves, mamíferos, répteis e anfíbios. Sua flora é igualmente impressionante, com mais de 12 mil espécies de plantas catalogadas.
Apesar de sua relevância, o Cerrado enfrenta uma grave ameaça. A principal causa da degradação é a expansão desordenada do agronegócio, que promove a remoção da vegetação nativa para a criação de gado e o plantio de monoculturas.
Incêndios e tecnologia
O clima sazonal do Cerrado, com períodos de seca, torna o bioma vulnerável a incêndios, que muitas vezes são causados pela ação humana. O descarte incorreto de lixo ou práticas criminosas de “limpeza” do solo para o plantio agravam o problema.
Para combater esse desafio, a UnDF incentiva a inovação. Recentemente, a equipe EcoFênix venceu o edital Hackathon EcoTech com a solução “Boitatá”, um sistema que utiliza inteligência artificial e imagens de satélite para monitorar e controlar focos de queimadas no DF, reforçando o papel da tecnologia na proteção do meio ambiente.

