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Doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no mundo

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cardiologista coração
Foto/Imagem: Freepik
Ana Lúcia Ferreira

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente, morrem mais pessoas por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. O indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil, criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), aponta que, de janeiro a primeira quinzena de julho de 2020, mais de 215 mil pessoas perderam a vida por problemas cardíacos. O problema se agrava ainda mais, quando somado à pandemia causada pelo novo coronavírus.

A estimativa da SBC é que, ao final deste ano, quase 400 mil cidadãos brasileiros irão morrer por doenças do coração e da circulação. Para cardiologista hemodinamicista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Ernesto Osterne, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos.

“Se as pessoas mudassem seus hábitos e fizessem o acompanhamento médico da forma correta, os números poderiam ser diferentes. Mudanças no cotidiano fazem toda a diferença, não têm contraindicações e podem e devem ser adotadas por jovens e idosos”, alerta o especialista.

As doenças cardiovasculares são um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos. O infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC) são as duas causas que mais matam no País. Somados, o índice representa quase 40% dos óbitos. Entretanto, o médico Ernesto Osterne ressalta que, a arritmia cardíaca, o mal súbito e tumores no coração também podem levar a óbito se não forem tratados.

O diagnóstico para tais enfermidades se dá por meio das consultas regulares ao médico e a realização de exames, conforme orientação e supervisão do profissional de saúde. Por mais corriqueiro que possa parecer, manter hábitos saudáveis e o checkup em dia são os pilares mais importantes para cuidar da saúde do coração.

O especialista explica que os cuidados e a atenção não devem ser apenas preventivos. Mesmo os pacientes já diagnosticados com problemas cardiovasculares devem continuar o acompanhamento médico. E relembra que, atualmente, há uma série de procedimentos que, caso seja necessário, podem ser realizados para uma melhor qualidade de vida.

“A convivência com a doença requer o que chamamos de modificação de estilo de vida, sempre focado em hábitos mais saudáveis, tudo para a prevenção secundária de novos eventos cardiovasculares”, pontua.

Saiba mais sobre alguns procedimentos utilizados no tratamento das doenças cardiovasculares:

Angioplastia – é a intervenção realizada para a abertura da artéria coronária obstruída. A obstrução é confirmada por meio da realização do cateterismo.

Crioablação de Arritmia Cardíaca – procedimento utilizado em quem sofre com Fibrilação Atrial. É realizado via cateterismo e oferece a correção do ritmo cardíaco, cauterizando as veias por meio de um sistema de congelamento. O Instituto do Coração de Taguatinga é pioneiro neste método inovador em Brasília.

Implante de marcapasso – é recomendado para pacientes com frequência cardíaca lenta, causada pelo desgaste do sistema elétrico do coração, que pode acontecer pelo envelhecimento ou por alguma doença cardíaca.

Saúde

Jovens de 15 a 19 anos receberão vacina da HPV até dezembro

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Foto/Imagem: Arquivo/Agência Saúde-DF

Uma importante medida de saúde pública foi anunciada para o Distrito Federal: a Secretaria de Saúde (SES-DF), seguindo as orientações do Ministério da Saúde, prorrogou até o final de dezembro a campanha de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para a faixa etária de 15 a 19 anos. Essa é uma excelente oportunidade para quem perdeu o prazo e busca proteção contra o vírus.

Para se vacinar, basta apresentar um documento de identificação e o cartão de vacina em um dos mais de 180 pontos de vacinação disponíveis no Distrito Federal.

Baixa adesão preocupa autoridades

A ampliação do público-alvo da vacina HPV começou em março, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal entre os jovens que não se imunizaram na idade preconizada, que é de 9 a 14 anos. No entanto, os números atuais acendem um alerta: até o último sábado (14), apenas 2,3 mil indivíduos entre 15 e 19 anos haviam sido vacinados, um número muito abaixo da meta de 49 mil jovens estimados para essa faixa etária.

O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, reforça a importância da vacinação. “Estamos comprometidos em aumentar a cobertura vacinal e garantir que todos tenham acesso às doses. É essencial que essa faixa etária aproveite a chance para se proteger contra infecções que podem levar a doenças graves, como o câncer”, alertou Lacerda.

A importância da vacina HPV na prevenção do câncer

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode causar verrugas genitais e diversos tipos de câncer, incluindo os de pênis, útero e laringe. No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que o câncer de colo de útero mata cerca de 7 mil mulheres por ano, um cenário que sublinha a urgência e a relevância da vacinação como ferramenta de prevenção. A prorrogação da campanha no Distrito Federal é, portanto, uma chance valiosa para a população de Brasília e arredores se proteger e contribuir para a saúde coletiva.

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Saúde

Saúde do DF em Debate: Iges-DF Presta Contas e UPAs Viram Centro de Discussão na CLDF

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Foto/Imagem: Ângelo Pignaton/Agência CLDF

A saúde pública do Distrito Federal foi o centro de um acalorado debate na Câmara Legislativa (CLDF) nesta segunda-feira (16). Em audiência pública, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) apresentou sua prestação de contas dos últimos quatro meses de 2024 à Comissão de Saúde (CSA), evidenciando desafios e planos para o setor. Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e movimentos de usuários da saúde também acompanharam a sessão.

O presidente do Iges-DF, Cleber Monteiro Fernandes, destacou o aprimoramento da gestão, com a criação de uma superintendência de contratos e a futura implementação de um cartão corporativo para agilizar a aquisição de insumos nas unidades. “Precisamos auditar nossos contratos de ponta a ponta. Por isso, estamos criando processos de auditoria permanente”, afirmou Monteiro.

Novas UPAs e a Crise da Atenção Primária

O anúncio do Governo do Distrito Federal (GDF) de construir sete novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em regiões como Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul e Estrutural, com investimento de R$ 117 milhões, gerou discussões entre os parlamentares.

A presidente da CSA, deputada Dayse Amarilio (PSB), embora veja com bons olhos os investimentos, defendeu a necessidade de repensar o planejamento da saúde no DF, priorizando o fortalecimento da atenção primária. Para a deputada, que classificou a situação como um “cenário de guerra”, a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) – as Unidades Básicas de Saúde (UBS) – é crucial para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Amarilio denunciou falhas graves nas UPAs geridas pelo Iges-DF, como a demora no atendimento, a falta de leitos e a escassez de ambulâncias para transporte de pacientes. “Não é verdade que a UPA é melhor que a atenção primária. O que falta é compromisso de gestão, para que as pessoas possam entregar o que é melhor, para que as pessoas possam trabalhar sem a sensação de que seus pacientes vão morrer”, desabafou a parlamentar, que relatou ter presenciado a UPA de Vicente Pires completamente lotada, sem acolhimento adequado.

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) corroborou a sobrecarga das UPAs, que, segundo ele, muitas vezes são procuradas por pacientes que buscam um serviço de melhor qualidade do que o oferecido pela Secretaria de Saúde. Ele criticou a existência de dois modelos de atendimento (Iges-DF e SES/DF), que podem complicar o processo e gerar retrabalho. “Quando a gente refaz o atendimento, a gente gasta em dobro”, pontuou.

A promotora de Justiça do MPDFT, Hiza Carpina, alertou para “sérios problemas” nas unidades do Iges-DF, incluindo a lotação superior a 200% em prontos-socorros, déficit de profissionais e altas taxas de absenteísmo. “É possível enxergar o colapso. Precisamos de um projeto de saúde para o DF”, ponderou Carpina.

Transparência Financeira e Contratual do Iges-DF

No período de setembro a dezembro de 2024, o Iges-DF recebeu um total de R$ 564 milhões, com a maior parte (R$ 558 milhões) proveniente do Contrato de Gestão e aditivos. As despesas totalizaram R$ 547 milhões, com gastos significativos em pessoal (R$ 297 milhões) e serviços de terceiros (R$ 142 milhões).

A área de contratos do Instituto formalizou 465 instrumentos contratuais, totalizando mais de R$ 448 milhões, destacando-se serviços de vigilância patrimonial, lavanderia hospitalar e fornecimento de alimentação. Cerca de 16% dos contratos foram classificados como emergenciais. O Iges-DF também reforçou sua atuação na análise de falhas contratuais e aplicação de sanções, visando garantir a responsabilização de fornecedores e a integridade das contratações públicas.

Os dados completos da prestação de contas do Iges-DF para o 3º quadrimestre de 2024 podem ser acessados na íntegra na página oficial do instituto. A audiência pública também contou com a participação dos deputados Jorge Vianna (PSD) e Pepa (PP) e a íntegra da reunião pode ser assistida no canal do YouTube da CLDF.

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