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Hemocentro de Brasília precisa de doadores de sangue com urgência

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Hemocentro de Brasília
Foto/Imagem: Arquivo Agência Brasília


Sinal de alerta ligado na Fundação Hemocentro de Brasília (FHB). O estoque dos grupos sanguíneos de RH negativo (O, A , B, e AB) e de O positivo está abaixo do ideal. A média de 168 doações por dia, registrada entre 1º de janeiro e 28 de fevereiro, tem sido insuficiente para alcançar os níveis de segurança. Com isso, o fornecimento de hemocomponentes para procedimentos de rotina pode ser restringido para priorizar atendimentos de urgência.

Chefe da Gerência de Captação, Registro e Orientação de Doadores (GCRO) do Hemocentro, Kelly Barbi ressalta que manter o estoque de sangue em níveis confortáveis depende de, pelo menos, 180 doações diárias. “Tivemos um Carnaval bastante proveitoso, mas agora, que todos voltaram à rotina, sentimos uma baixa significativa dessas tipagens mais raras”, comenta. “A sociedade precisa incluir a doação de sangue na agenda”.

O Hemocentro de Brasília é o único banco de sangue público do Distrito Federal. Uma reserva de sangue considerada ideal pode abastecer toda a rede de saúde ligada ao governo, bem como os hospitais conveniados, pelo período de dois a sete dias, a depender do hemocomponente (hemácia, plasma ou plaqueta) usado.

“Doar sangue é um ato de solidariedade, de responsabilidade social. Hoje, você ajuda a salvar uma vida, mas, amanhã, pode ser a sua vida em risco”, observa Kelly. “O sangue é insubstituível, algo que não pode ser produzido em laboratório. É preciso ter em mente que uma única doação pode salvar até quatro vidas, porque os componentes são fracionados.”

Doe sangue

Para ser um doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável.

Quem passou por cirurgia, fez exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue. O processo todo, contado a partir do cadastro até o lanche pós-coleta, leva até 90 minutos para ser concluído.

O atendimento individual de voluntários deve ser previamente marcado pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160 (opção 2). Para doação em grupo, é preciso agendar pelo telefone (61) 3327-4413 ou via WhatsApp (61) 99136-2495. O agendamento reduz o tempo de espera, organizando as doações de acordo com a capacidade de atendimento. Ainda assim, quando há vagas disponíveis, voluntários que não realizaram a marcação poderão ser atendidos.

Unidade móvel

Instituições públicas ou privadas do Distrito Federal podem solicitar uma visita da unidade móvel de coleta de sangue da FHB. Basta entrar em contato com a GCRO do Hemocentro pelo WhatsApp (61) 99136-2495, por telefone (61) 3327-4413 ou 3327-4447 ou por e-mail. O contato deverá ser feito com a antecedência de pelo menos 30 dias da data desejada.

Para receber a unidade móvel, é preciso oferecer infraestrutura que atenda a diversos requisitos para coleta externa, como estacionamento para ônibus, banheiros próximos ao local de coleta, local com sombra e duas tendas antichamas de, no mínimo, 4m x 4m. Além disso, é preciso disponibilizar mesas e cadeiras para espera dos candidatos, água potável e ponto de instalação de energia.

Saúde

Jovens de 15 a 19 anos receberão vacina da HPV até dezembro

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Foto/Imagem: Arquivo/Agência Saúde-DF

Uma importante medida de saúde pública foi anunciada para o Distrito Federal: a Secretaria de Saúde (SES-DF), seguindo as orientações do Ministério da Saúde, prorrogou até o final de dezembro a campanha de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para a faixa etária de 15 a 19 anos. Essa é uma excelente oportunidade para quem perdeu o prazo e busca proteção contra o vírus.

Para se vacinar, basta apresentar um documento de identificação e o cartão de vacina em um dos mais de 180 pontos de vacinação disponíveis no Distrito Federal.

Baixa adesão preocupa autoridades

A ampliação do público-alvo da vacina HPV começou em março, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal entre os jovens que não se imunizaram na idade preconizada, que é de 9 a 14 anos. No entanto, os números atuais acendem um alerta: até o último sábado (14), apenas 2,3 mil indivíduos entre 15 e 19 anos haviam sido vacinados, um número muito abaixo da meta de 49 mil jovens estimados para essa faixa etária.

O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, reforça a importância da vacinação. “Estamos comprometidos em aumentar a cobertura vacinal e garantir que todos tenham acesso às doses. É essencial que essa faixa etária aproveite a chance para se proteger contra infecções que podem levar a doenças graves, como o câncer”, alertou Lacerda.

A importância da vacina HPV na prevenção do câncer

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode causar verrugas genitais e diversos tipos de câncer, incluindo os de pênis, útero e laringe. No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que o câncer de colo de útero mata cerca de 7 mil mulheres por ano, um cenário que sublinha a urgência e a relevância da vacinação como ferramenta de prevenção. A prorrogação da campanha no Distrito Federal é, portanto, uma chance valiosa para a população de Brasília e arredores se proteger e contribuir para a saúde coletiva.

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Saúde

Saúde do DF em Debate: Iges-DF Presta Contas e UPAs Viram Centro de Discussão na CLDF

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Foto/Imagem: Ângelo Pignaton/Agência CLDF

A saúde pública do Distrito Federal foi o centro de um acalorado debate na Câmara Legislativa (CLDF) nesta segunda-feira (16). Em audiência pública, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) apresentou sua prestação de contas dos últimos quatro meses de 2024 à Comissão de Saúde (CSA), evidenciando desafios e planos para o setor. Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e movimentos de usuários da saúde também acompanharam a sessão.

O presidente do Iges-DF, Cleber Monteiro Fernandes, destacou o aprimoramento da gestão, com a criação de uma superintendência de contratos e a futura implementação de um cartão corporativo para agilizar a aquisição de insumos nas unidades. “Precisamos auditar nossos contratos de ponta a ponta. Por isso, estamos criando processos de auditoria permanente”, afirmou Monteiro.

Novas UPAs e a Crise da Atenção Primária

O anúncio do Governo do Distrito Federal (GDF) de construir sete novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em regiões como Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul e Estrutural, com investimento de R$ 117 milhões, gerou discussões entre os parlamentares.

A presidente da CSA, deputada Dayse Amarilio (PSB), embora veja com bons olhos os investimentos, defendeu a necessidade de repensar o planejamento da saúde no DF, priorizando o fortalecimento da atenção primária. Para a deputada, que classificou a situação como um “cenário de guerra”, a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) – as Unidades Básicas de Saúde (UBS) – é crucial para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Amarilio denunciou falhas graves nas UPAs geridas pelo Iges-DF, como a demora no atendimento, a falta de leitos e a escassez de ambulâncias para transporte de pacientes. “Não é verdade que a UPA é melhor que a atenção primária. O que falta é compromisso de gestão, para que as pessoas possam entregar o que é melhor, para que as pessoas possam trabalhar sem a sensação de que seus pacientes vão morrer”, desabafou a parlamentar, que relatou ter presenciado a UPA de Vicente Pires completamente lotada, sem acolhimento adequado.

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) corroborou a sobrecarga das UPAs, que, segundo ele, muitas vezes são procuradas por pacientes que buscam um serviço de melhor qualidade do que o oferecido pela Secretaria de Saúde. Ele criticou a existência de dois modelos de atendimento (Iges-DF e SES/DF), que podem complicar o processo e gerar retrabalho. “Quando a gente refaz o atendimento, a gente gasta em dobro”, pontuou.

A promotora de Justiça do MPDFT, Hiza Carpina, alertou para “sérios problemas” nas unidades do Iges-DF, incluindo a lotação superior a 200% em prontos-socorros, déficit de profissionais e altas taxas de absenteísmo. “É possível enxergar o colapso. Precisamos de um projeto de saúde para o DF”, ponderou Carpina.

Transparência Financeira e Contratual do Iges-DF

No período de setembro a dezembro de 2024, o Iges-DF recebeu um total de R$ 564 milhões, com a maior parte (R$ 558 milhões) proveniente do Contrato de Gestão e aditivos. As despesas totalizaram R$ 547 milhões, com gastos significativos em pessoal (R$ 297 milhões) e serviços de terceiros (R$ 142 milhões).

A área de contratos do Instituto formalizou 465 instrumentos contratuais, totalizando mais de R$ 448 milhões, destacando-se serviços de vigilância patrimonial, lavanderia hospitalar e fornecimento de alimentação. Cerca de 16% dos contratos foram classificados como emergenciais. O Iges-DF também reforçou sua atuação na análise de falhas contratuais e aplicação de sanções, visando garantir a responsabilização de fornecedores e a integridade das contratações públicas.

Os dados completos da prestação de contas do Iges-DF para o 3º quadrimestre de 2024 podem ser acessados na íntegra na página oficial do instituto. A audiência pública também contou com a participação dos deputados Jorge Vianna (PSD) e Pepa (PP) e a íntegra da reunião pode ser assistida no canal do YouTube da CLDF.

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